Arte, Cultura e Filosofia

“Não acredite em algo simplesmente porque ouviu. Não acredite em algo simplesmente porque todos falam a respeito. Não acredite em algo simplesmente porque está escrito em seus livros religiosos. Não acredite em algo só porque seus professores e mestres dizem que é verdade. Não acredite em tradições só porque foram passadas de geração em geração. Mas depois de muita análise e observação, se você vê que algo concorda com a razão, e que conduz ao bem e benefício de todos, aceite-o e viva-o.” (Sidarta Gautama, o Buda)

A mensagem é sempre examinar e ver por si mesmo. Quando você vir por si mesmo o que é verdadeiro — e esse é realmente o único modo pelo qual você pode conhecer genuinamente qualquer coisa — quando isso acontecer, aceite—o. Até aí, apenas deixe de lado o julgamento e a crítica.


"Se um cego guiar outro cego, cairão ambos no barranco."

segunda-feira, 31 de maio de 2010

CASAMENTO INDIANO



Benção aos noivos



Ganesha - Proteção




A noiva dança para o noivo

BRASIL - O PAÍS DA DIVERSIDADE

AMO!







Famous brazilian nuts








Artesanato brasileiro




Fotos: Por Gabriela M Borges
5o. Salão de Turismo - Roteiros do Brasil - SP
O QUE É A SUA LIBERDADE?



PROJETO LIBERDADE



VOE ATÉ OS SEUS SONHOS



AMPLIE OS SEUS HORIZONTES
PORQUE A VIDA É UMA GRANDE VIAGEM

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Hoje li um texto que me inspirou a escrever um poema...


Dança = Liberdade?

A dança na liberdade ou
Liberdade na dança
A dança nasceu da idéia da liberdade
Liberdade para ser, para se expressar, para criar
Liberdade nos movimentos
Liberdade de experimentar
A vibração pulsante do coração
É uma forma de pensar
De soltar as amarras
Acertar alguns passos
Conhecer limites
Definir um propósito
Entender o sentido
Entender os sentidos
Investigando o corpo
Estamos continuamente buscando a liberdade
Dançando,
Em cada passo,
em cada pensamento,
em cada sentimento,
em cada movimento,
em cada momento
encantamento
Em cada batida do coração
Em cada respiração
Em cada inspiração
Transpiração
Inspirar
Se inspirar
Expirar
Transpirar
Se libertar
Libertar o corpo
Libertar a mente
Libertar simplesmente
É a maneira de se comunicar
Com a alma
Com o corpo
Com o outro
É a religião não falada
E sim dançada
Liberdade é fazer a alma florescer
Dançar é fazer a alma florescer
Liberdade é dançar
Dançar com a vida
Dançar a dança da vida
Simplesmente viver a liberdade
Ser você mesmo
E amar.

(Gabriela M Borges)

sábado, 22 de maio de 2010

Cegos






Pieter Bruegel, Parábola do cego guiando o cego (detalhe), 1568.

"Porventura pode um cego guiar outro cego? Não cairão ambos no barranco?"
(Lucas, VI, 39).

"Sabes que os fariseus ouvindo o que disseste, ficaram escandalizados? Mas ele respondeu: Toda planta que meu Pai celestial não plantou será arrancada pela raiz. Deixai-os, são cegos guias de cegos. Se um cego guiar outro cego, cairão ambos no barranco".
(Mateus, XV, 12-14)

Os tolos moram na escuridão (da ignorância), embora considerem a si próprios como sábios e eruditos. Assim, iludidos, dando voltas por muitos caminhos tortuosos, os tolos se assemelham a um cego que guia outro cego.
(Katha Upanishad, parte I:(2,5))

Não podemos ser cegos guiando e sendo guiados por outros cegos.
Alguém que não quiser errar o caminho precisa seguir alguém que o conheça.

Ninguém melhor do que Sidarta Gautama, o Buda, para nos fazer abrir os olhos:
Tenho a impressão de que também tu procuraste a senda. Não me queres revelar algo a esse respeito, meu prezado amigo? Perguntou Govinda.
Ao que replicou Sidarta:
- Que poderia eu dizer-te? Só talvez que procuras demais, que de tanta busca não tens tempo para encontrar coisa alguma.
-Por quê? Perguntou Govinda.
- Quando alguém procura muito – explicou Sidarta – pode facilmente acontecer que seus olhos se concentrem exclusivamente no objeto procurado e que ele fique incapaz de achar o que quer que seja, tornando-se inacessível a tudo e a qualquer coisa porque sempre só pensa naquele objeto, e porque tem uma meta, que o obceca inteiramente.
Procurar significa: ter uma meta. Mas achar significa: estar livre, abrir-se a tudo, não ter meta alguma.
Pode ser que tu sejas realmente um buscador, já que no afã de te aproximares da tua meta, não enxergas certas coisas que se encontram bem perto dos teus olhos.

Ó Sidarta, tens alguma doutrina? Algum credo? Algum conhecimento que te oriente e te ajude a viver, praticando o Bem? – perguntou Govinda
- (...) A sabedoria não pode ser comunicada. A sabedoria que um sábio quiser transmitir sempre cheirará a tolice.
- Estás brincando? – perguntou Govinda.
- Não brinco, não. Digo apenas o que percebi. Os conhecimentos podem ser transmitidos, mas nunca a sabedoria. Podemos achá-la, podemos vivê-la, podemos consentir em que ela nos norteie; podemos fazer milagres através dela. Mas não nos é dado pronunciá-la ou ensiná-la. Esse fato, já o vislumbrei às vezes na minha juventude. Foi ele que me afastou dos meus mestres. “O oposto de cada verdade é igualmente verdade.” Isso significa: uma verdade só poderá ser comunicada e formulada por meio de palavras, quando for unilateral. Ora, unilateral é tudo quanto possamos apanhar pelo pensamento e exprimir pela palavra. Tudo aquilo é apenas um lado das coisas, não passa de parte, carece de totalidade, está incompleto, não tem unidade. Sempre que Augusto Gotama nas suas aulas nos falava do mundo, era preciso que o subdividisse em Samsara e Nirvana, em ilusão e verdade, em sofrimento e redenção. Não se pode proceder de outra forma. Não há outro caminho para quem quiser ensinar, Mas o próprio mundo, o ser que nos rodeia e existe no nosso intimo, não é nunca unilateral. Nenhuma criatura humana, nenhuma ação é inteiramente Samsara nem inteiramente Nirvana. Homem algum é inteiramente santo ou totalmente pecador. Uma vez que facilmente nos equivocamos, temos a impressão de que o tempo seja algo real. Não, o tempo não é real. E se o tempo não é real, não passa tampouco de ilusão aquele lapso que nos parece estender-se entre o mundo e a eternidade, entre o tormento e a bem-aventurança, entre o Bem e o Mal.

“Não acredite em mim porque você me vê como o seu mestre", ele disse. "Não acredite em mim porque os outros acreditam. E não acredite em nada pelo fato de o ter lido num livro. Não deposite sua fé em relatos, na tradição, em boatos, nem na autoridade de líderes religiosos ou de textos. Não confie na simples lógica, nem na inferência, nem nas aparências, nem na especulação."

O Buda enfatizou repetidamente a impossibilidade de algum dia chegar à Verdade desistindo de sua própria autoridade e seguindo a opinião dos outros. Esse caminho só conduzirá a uma opinião, sua ou de outra pessoa.
O Buda encorajava as pessoas a saber por elas mesmas que certas coisas são nocivas e erradas. E quando vocês fizerem isso, então desistirão delas. E quando souberem por si mesmas que certas coisas são saudáveis e boas, então as aceitarão e seguirão.
A mensagem é sempre examinar e ver por si mesmo. Quando você vir por si mesmo o que é verdadeiro — e esse é realmente o único modo pelo qual você pode conhecer genuinamente qualquer coisa — quando isso acontecer, aceite—o. Até aí, apenas deixe de lado o julgamento e a crítica.

Não podemos começar qualquer real investigação sobre a Verdade, com alguma suposição ou crença de qualquer tipo. Devemos estar dispostos a ver as coisas como são, em lugar de vê-las como esperamos e queremos que elas sejam.

“Não acredite em algo simplesmente porque ouviu. Não acredite em algo simplesmente porque todos falam a respeito. Não acredite em algo simplesmente porque está escrito em seus livros religiosos. Não acredite em algo só porque seus professores e mestres dizem que é verdade. Não acredite em tradições só porque foram passadas de geração em geração. Mas depois de muita análise e observação, se você vê que algo concorda com a razão, e que conduz ao bem e benefício de todos, aceite-o e viva-o.” (Sidarta Gautama, o Buda)
Não podemos apreender a Verdade com palavras. Só a podemos ver, ter a experiência dela, por nós mesmos.

"Por que cegamos, não sei, talvez um dia se chegue a conhecer a razão, Queres que te diga o que penso, Diz, Penso que não cegamos, penso que estamos cegos, cegos que vêem, cegos que vendo, não vêem" (J. Saramago)

"O medo cega, já éramos cegos no momento em que cegamos, o medo nos cegou, o medo nos fará continuar cegos.[...] Quantos cegos serão preciso para fazer uma cegueira, Ninguém soube responder." (J. Saramago)

LIVING BEAUTIFULLY

Cookie da Juli


Minha irmã Juli (que está morando em Manaus) me enviou uma receita de um cookie delicioso essa semana!
Somente algumas adaptações, e aí vai um cookie delicioso e totalmente vegetariano!!!

COOKIE DA JULI

1 xícara (chá) de açúcar mascavo
1 xícara chá) de farinha de trigo integral fino
1 xícara (chá) de aveia média
5 colheres (sopa) de óleo de milho ou girassol
3 colheres de linhaça (deixada de molho em água morna por 10 minutos)
100 g de chocolate meio amargo picado

Modo de preparo:
Em uma fôrma, peneire o açúcar e a farinha de trigo e misture. Em seguida inclua a aveia. Junte o óleo e misture bem até formar uma massa. Acrescente a linhaça, misture novamente e por último o chocolate.
Coloque em uma assadeira de fundo removível de aproximadamente 25 cm de diâmetro.
Leve ao forno médio a 180 graus, pré-aquecido, por cerca de 30 minutos ou até que, colocando um garfo, este saia limpo. Desenforme depois de frio e sirva em pedaços.

Super simples e rápido de fazer.
Quer impressionar?
Sirva com um chá de capim limão e todos irão amar!
Não sobrou nenhum para contar história.

The Sex Lives of Animals



Ménage à trois



"Sex is more than the drive to reproduce. Our expanding knowledge of the natural world has revealed that animals participate in an astonishing array of sexual behaviors, where all conceivable sex acts and sexual partnerships exist. Animals
engage in foreplay behaviors such as kissing, hugging, mutual and self-stimulation, oral sex and every kind of penetrative intercourse imaginable. Sex in the animal kingdom is just as complex and nuanced as it is for humans, and pleasure, it seems, is not restricted to the human realm.


The Sex Lives of Animals is a celebration of the diversity of animal sexual behavior. This emergent research has resulted in new interpretations, delving into the possible evolutionary benefits of non-reproductive sex, for both individuals and social groups".

Fotos tiradas por Gabriela M Borges no MoSex, em NY

ARTE : Art can only be erotic...







Pablo Picasso
MoSex, NYC

MoSex - Museum of Sex em Nova York







Museum of Sex, MoSex
NYC

Sutil



Desenho no MoMA, Museu de Arte Moderna
NYC

METROPOLITAN



Museu Metropolitan, NYC

O FUTURO NÃO ESTÁ ESCRITO



Mais MoMA
NYC 2009

Explosão



MoMA, NYC

ARTE MODERNA??

SIM, ARTE MODERNA NO MOMA!





MoMA
Museum of Modern Art, NYC

LOVE

All we need is love


MOMA,NYC

There's nothing you can do that can't be done
Nothing you can sing that can't be sung
Nothing you can say, but you can learn how the play the game
It's easy

There's nothing you can make that can't be made
No one you can save that can't be saved
Nothing you can do, but you can learn how to be you in time
It's easy

There's nothing you can know that isn't known
Nothing you can see that isn't shown
Nowhere you can be that isn't where you're meant to be
It's easy

All you need is love

“O Tango nasceu da idéia de Liberdade...” (Maykon, professor de tango)


O tango é uma dança de caráter marcadamente social o que o torna um espaço privilegiado de encontro, comunicação e expressão, portanto, perde o seu fundamento se constrangido pelos preconceitos ainda existentes.
Ir para a aula de tango é, acima de tudo, uma oportunidade de apoio, interajuda e encontro entre pessoas que gostam de tango e o queiram vivenciar de uma forma livre, explorando diferentes papéis, novas possibilidades de movimento e de expressão pessoal.
Dentro deste espírito, a Prática do Tango deveria ser uma prática aberta à liberdade individual e à criatividade.

Então, Vamos Tangar?

Frases sobre a Liberdade

“O segredo da felicidade está na liberdade; o segredo da liberdade está na coragem.”
(Péricles)

"Tudo que é realmente grande e inspirador é criado pelo indivíduo que pode trabalhar em liberdade. "
(Albert Einstein)

"Tudo está fluindo. O homem está em permanente reconstrução; por isto é livre: liberdade é o direito de transformar-se."
(Lauro de Oliveira Lima)

"Quem pensa segundo a opinião dos outros, está muito longe de ser um homem livre.

"Quem é bom, é livre, ainda que seja escravo. Quem é mau é escravo, ainda que seja livre. "
(Santo Agostinho)

"Liberdade é obediência às leis que a pessoa estabeleceu para si própria."
(Jean-Jacques Rousseau)

"É livre quem deixou de ser escravo de si mesmo."
(Sêneca)

"A liberdade não tem qualquer valor se não inclui a liberdade de errar."
(Mahatma Gandhi)

"...Mas eu desconfio que a única pessoa livre, realmente livre, é a que não tem medo do ridículo."
(Luis Fernando Veríssimo)

"Sonha e serás livre de espírito... luta e serás livre na vida. "
(Che Guevara)

"O destino dos homens é a liberdade. "
(Vinicius de Morais)

O essencial é invisível aos olhos

Hoje eu estava revendo arquivos antigos (beeem antigos) e encontrei esta passagem do livro "O pequeno príncipe"...

Mas a raposa voltou a sua idéia:
- Minha vida é monótona. Eu caço as galinhas e os homens me caçam. Todas as galinhas se parecem e todos os homens se parecem também. E por isso eu me aborreço um pouco. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros passos me fazem entrar debaixo da terra. O teu me chamará para fora da toca, como se fosse música. E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelos cor de ouro. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo...
A raposa calou-se e considerou por muito tempo o príncipe:
- Por favor.... cativa-me! disse ela.
- Bem quisera, disse o principezinho, mas eu não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer.
- A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!
- Que é preciso fazer? perguntou o principezinho.
- É preciso ser paciente, respondeu a raposa. Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, cada dia, te sentarás mais perto...
No dia seguinte o principezinho voltou
- Teria sido melhor voltares à mesma hora, disse a raposa. Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração... É preciso ritos.
- Que é um rito? perguntou o principezinho.
- É uma coisa muito esquecida também, disse a raposa. É o que faz com que um dia seja diferente dos outros dias; uma hora, das outras horas. Os meu caçadores, por exemplo, possuem um rito. Dançam na quinta-feira com as moças da aldeia. A quinta-feira então é o dia maravilhoso! Vou então passeiar até a vinha. Se os caçadores dançassem qualquer dia, os dias seriam todos iguais, e eu não teria férias!
Assim o principezinho cativou a raposa. Mas, quando chegou a hora da partida, a raposa disse:
- Ah! Eu vou chorar.
- A culpa é tua, disse o principezinho, eu não te queria fazer mal; mas tu quiseste que eu te cativasse...
- Quis, disse a raposa.
- Mas tu vais chorar! disse o principezinho.
- Vou, disse a raposa.
- Então, não sais lucrando nada!
- Eu lucro, disse a raposa, por causa da cor do trigo.
Depois ela acrescentou:
- Vai rever as rosas. Tu compreenderás que a tua é a única do mundo. Tu voltarás para me dizer adeus, e eu te farei presente de um segredo.
Foi o principezinho rever as rosas:
- Vós sois absolutamente iguais à minha rosa, vós não sois nada ainda. Ninguém ainda vos cativou, nem cativastes a ninguém. Sois como era a minha raposa. Era uma raposa igual a cem mil outras. Mas eu fiz dela um amigo. Ela é agora única no mundo.
E as rosas estavam desapontadas.
- Sois belas, mas vazias, disse ele ainda. Não se pode morrer por vós. Minha rosa, sem dúvida um transeunte qualquer pensaria que se parece convosco. Ela sozinha é, porém, mais importante que vós todas, pois foi a ela que eu reguei. Foi a ela que pus sob a redoma. E foi a ela que abriguei com o pára-vento. Foi dela que eu matei as larvas (exceto duas ou três por causa das borboletas). Foi a ela que eu escutei queixar-se ou gabar-se, ou mesmo calar-se algumas vezes. É a minha rosa.
E então , voltou à raposa:
- Adeus, disse ele...
- Adeus, disse a raposa. Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos.
- O essencial é invisível para os olhos, repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.
- Foi o tempo que perdeste com tua rosa que fez tua rosa tão importante.
- Foi o tempo que eu perdi com minha rosa... repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.
- Os homens esqueceram essa verdade, disse a raposa. Mas tu não a deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. Tu és responsável pela rosa...
- Eu sou responsável pela minha rosa....repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.

(Fotos tiradas pelo meu amigo Darcy. Campo de trigo, Indonésia 2010)

O AMOR E SEUS CONTRATOS

Tanto nas juras mais vivas
como nos beijos mais longos
em que perduram salivas
de outras paixões ainda ativas,
sopro de angolas e congos,
eu sinto a turva incerteza
(ai, ouro de tredas lavras)
da enovelada surpresa
que põe tanto de estranheza
nos contratos que tu lavras.

Por mais que no teu falar
brilhe a promessa incessante
de um afeto a perdurar
até o mundo acabar
e mesmo depois - diamante
de mil prismas incendidos,
amargam-me o pensamento
de serem pactos fingidos
e nos seus subentendidos
não vi, Amor, valimento.

Experiência de escrituras,
eu tenho. De que me serve?
após sofridas leituras
de ementas e de rasuras,
no peito a dúvida ferve,
se nos mais doutos cartórios
de Londres, Londrina, Lavras
para assuntos amatórios,
teus itens são ilusórios,
só palavras e palavras.

As nulidades tamanhas
que te invalidam o trato
não sei se provêm de manhas
ou de vistas mais estranhas.
serão talvez teu retrato
gravado em vento ou em sonho
como aéreo documento
que nunca mais recomponho.
são todas – digo tristonho –
feitas de sonho e de vento.

(Carlos Drummond de Andrade)

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Vale a pena refletirmos sobre a natureza essencial do Ser que já somos: completo, feliz e livre.

Segundo Krishnamurti, a liberdade só pode vir naturalmente, e não pelo crer, desejar, ansiar por ela. Também, não pode ser encontrada mediante a criação de uma imagem do que pensamos ser ela. Para encontrar-se com ela, a mente tem de aprender a olhar a vida, esse vasto movimento não sujeito ao tempo, porque a liberdade reside além do campo da consciência.

O antídoto contra as limitações: a liberdade
Nas palavras de Pedro Kupfer:

“Krishna ensina que essa felicidade não pode ser achada, nem dentro, nem fora da gente, pois nós mesmos somos essa felicidade. Ele diz para Arjuna (e o mesmo vale para nós): 'Você quer se libertar de condicionamentos que nem sequer existem. Você já é a plenitude, a iluminação e a felicidade que possa estar procurando. Não adianta procurar a felicidade do lado de fora. Não adianta procurar a felicidade do lado de dentro. Não adianta procurar a plenitude do lado de fora. Não adianta procurar a plenitude do lado de dentro. Você já é felicidade e plenitude eterna.

A bem da verdade, todos os seres humanos estamos buscando a iluminação. Todos buscamos a felicidade. Todos buscamos a plenitude. Todos queremos viver em paz. Todos queremos nos manter afastados do sofrimento. Todos queremos nos manter perto das fontes de satisfação ou prazer. Portanto, não há pessoa que não esteja buscando a felicidade. Não há humano que não esteja buscando a liberdade. O paradoxo é que essa liberdade não deveria buscar-se, mas compreender-se, pois nós já somos essa liberdade que procuramos.”
“A Liberdade é um estado de espírito. Viva a Liberdade, Viva La Liberté.”
(Gi Borges)














PRISÃO
FOTO: Gisele Martini Borges
http://fazendoser.blogspot.com/

Entrega

Trechos do livro “O Poder do Agora”, de Eckhart Tolle:

“A entrega é a sabedoria simples mas profunda de nos submetermos e não de nos opormos ao fluxo da vida. Isso significa que se entregar é aceitar o momento presente sem restrições e sem nenhuma reserva. É abandonar a resistência interior àquilo que é. E a aceitação daquilo que é nos liberta – nos liberta imediatamente da identificação com a mente e nos religa com o Ser. A resistência é a mente. A resistência faz com que tanto a mente quanto o corpo fiquem mais “pesados”. A tensão se manifesta em diferentes partes do corpo, que se contrai para se defender. O fluxo da energia vital, essencial para o funcionamento saudável do corpo, fica prejudicado.
A entrega é perfeitamente compatível com tomar uma atitude, iniciar uma mudança ou atingir objetivos. No estado de entrega, uma energia totalmente diferente flui naquilo que fazemos.
Porém o ego é esperto, portanto é preciso estar alerta, presente e 100% honesto consigo mesmo para verificar se abandonamos realmente a identificação com uma posição mental e se libertou, assim, da mente.”

“A liberdade existe toda vez que há essa ausência de apego ao eu ou à auto-imagem que criamos, aos nossos gostos e desgostos.”


“Se a pessoa se sentir leve, livre e profundamente em paz, é sinal de que se entregou completamente. Na entrega, não mais precisamos das defesas do ego e das falsas máscaras. Passamos a ser muito simples, muito reais.
A entrega não transforma aquilo que é e sim transforma a pessoa.
É a presença silenciosa, mas intensa, que dissolve os padrões inconscientes da mente. Eles podem até permanecer ativos por um tempo, mas não vão mais governar a nossa vida. As condições externas, que apresentavam uma resistência, também tendem a mudar ou dissolver através da entrega.
Essa energia é um poderoso agente transformador de situações e pessoas. Caso as condições não mudem imediatamente, a aceitação do Agora permite que nos coloquemos acima delas. De qualquer forma, estaremos livres.”


“Se um problema não tem solução, para que se preocupar?
Se um problema tem solução, então para que se preocupar?”
(Provérbio Tibetano)

Who cares?

Gratidão

"Se não há mesmo nada a fazer e não se pode mudar a situação, então é preciso aceitar o aqui e agora totalmente, abandonando toda a resistência interior. O falso e infeliz eu interior, que adora sentir-se miserável, ressentido ou com pena de si mesmo, não consegue mais sobreviver. Isso se chama rendição, e somente alguém que se rendeu tem poder espiritual. Através da rendição, nos livraremos da situação internamente. É possível que se perceba uma mudança na situação sem que tenham sido necessários maiores esforços. De qualquer forma, estaremos livres.

Devemos morrer para o passado a cada instante. Não precisamos dele. Devemos referir-se a ele apenas quando totalmente relevante para o presente. Precisamos sentir o poder do momento presente e a plenitude do Ser. Sentir a presença do Ser.

O que é essencial é a nossa presença consciente. Ela dissolve o passado. Ela é o agente transformador. Portanto, não é preciso procurar entender o passado, mas estar presente tanto quanto conseguir. O passado não consegue sobreviver diante da presença, só na sua ausência.

A consciência no corpo e na respiração é uma ótima técnica para nos manter presentes.

Quando respeitamos, admitimos e aceitamos completamente a realidade do presente – onde estamos, quem somos, o que estamos fazendo agora - , quando aceitamos o que temos, significa que estamos agradecidos pelo que conseguimos, pelo que é, pelo Ser. A gratidão pelo momento presente e pela plenitude da vida atual é a verdadeira prosperidade."
(Do livro de Eckhart Tolle, “O Poder do Agora”)

Assim , sugere os Yoga-Sutras: “Quando a mente é perturbada por pensamentos impróprios, a constante ponderação sobre os opostos é o melhor remédio”.
“Nosso medo mais profundo não é o de sermos inadequados.
Nosso medo mais profundo é que somos poderosos
além de qualquer medida.
É a nossa luz, não as nossas trevas
O que mais nos apavora.
Nós nos perguntamos: Quem sou eu para ser Brilhante,
Maravilhoso, Talentoso e Fabuloso?
Na realidade, Quem é você para não ser?
Você é filho do Universo. Você se fazer de pequeno
não ajuda o mundo.
Não há iluminação em se encolher,
Para que os outros não se sintam inseguros
Quando estão perto de você.
Nascemos para manifestar a glória do Universo
Que está dentro de nós.
E conforme deixamos nossa própria luz brilhar,
Inconscientemente damos às outras pessoas,
permissão para fazer o mesmo.
E conforme nos libertamos do nosso medo,
Nossa presença, automaticamente, liberta os outros.
(
Marianne Williamson)
Often misattributed to Nelson Mandela’s Inaugural address

A Escravidão está na mente (e a Libertação também!)

Libertando-se da Mente
(Trechos do livro “O Poder do Agora”, de Eckhart Tolle)

“Estamos tão identificados com a mente que nem percebemos que somos seus escravos. É quase como se algo nos dominasse sem termos consciência disso e passássemos a viver como se fôssemos a entidade dominadora. A liberdade começa quando percebemos que não somos a entidade dominadora, o pensador. Saber disso nos permite observar a entidade.
No momento em que começamos a observar o pensador, ativamos um nível mais alto de consciência. Começamos a perceber, então, que existe uma vasta área de inteligência além do pensamento, e que este é apenas um aspecto diminuto da inteligência. Percebemos também que todas as coisas realmente importantes como a beleza, o amor, a criatividade, a alegria e a paz interior surgem de um ponto além da mente. É quando começamos a acordar.
Mas podemos nos libertar de nossas mentes. Essa é a única libertação verdadeira. É só dar primeiro passo nesse exato momento: prestar atenção ao que a voz diz, aquelas velhas trilhas sonoras que escutamos dentro da nossa cabeça há anos. É isso o que quer dizer “observar o pensador”. É um outro modo de dizer o seguinte: ouça a voz dentro da sua cabeça, esteja lá presente, como uma testemunha.
Ser livre é sermos imparciais ao ouvir a voz, não julgando nada. Não julgar ou condenar o que ouvimos, porque fazer isso significaria que a voz acabou de voltar pela porta dos fundos. Logo percebemos: lá está a voz e aqui estou eu, ouvindo-a e observando-a. Sentir a própria presença não é um pensamento, é algo que surge de um ponto além da mente.
O momento presente é a chave para a libertação. Ninguém conseguirá percebê-lo enquanto for a sua mente.”

Libertar-se dos julgamentos, dos medos, dos condicionamentos, dos apegos, das aversões, da dor, da ignorância.
Libertar-se da negatividade.
Libertar-se do passado e do futuro.

“Se somos nossas mentes, somos aqueles anseios, aquelas necessidades, desejos, apegos e aversões. Fora deles não existe o eu, exceto como uma mera possibilidade, um potencial não preenchido, uma semente que ainda não germinou. Nessa condição, até mesmo o desejo de nos tornarmos livres ou iluminados não passa de mais um desejo a ser realizado ou concluído no futuro. Portanto, devemos buscar se libertar do desejo ou “adquirir” a iluminação. Tornar-se presente. Estar lá, como um observador da mente. Sempre que formos capazes de observar nossas mentes, deixamos de estar aprisionados. Prestar atenção ao pensamento, sentir a emoção, observar a reação.”
Dentro do processo de transformação, a emoção é a que mais demora a se modificar. É o sentir. Olhar para mim. Me educar.
“O Agora deve ser o foco principal da nossa vida. Devemos dizer “sim” para a vida e ver como, de repente, a vida começa a trabalhar mais a nosso favor em vez de contra nós.

Quando a consciência se liberta da sua identificação com as formas física e mental, torna-se o que podemos chamar de presença. O silêncio é um condutor até mais potente de presença.

As coisas são como são. A mente julga continuamente o comportamento, atribuindo nomes às coisas. Esse processo cria sofrimento e infelicidade. Ao observarmos o mecanismo da mente, escapamos dos padrões de resistência e podemos então permitir que o momento atual exista. Isso dará uma prova de liberdade interior, o estado de verdadeira paz interior.
A presença é a chave para a liberdade. Portanto, só podemos ser livres agora.
Devemos deixar para trás o agonizante mundo da abstração mental e do tempo. Libertar-se da mente doentia que suga toda a energia vital e polui o mundo.”

O abandono do Eu Idealizado

O abandono do Eu Idealizado
(Do livro “Não temas o mal”, Eva Pierrakos e Donovan Thesenga)

“Uma vez que avançamos e reconhecemos o dano que o Eu Idealizado causa à nossa vida, nós o abandonaremos como o fardo que ele é.

Logo que damos os primeiros passos em direção ao abandono do Eu Idealizado, temos um senso de libertação como nunca tivemos antes.
E assim, o Eu Verdadeiro emerge e repousamos nele, centrados no Eu Interior.

Então, obtemos a grande liberdade de se entregar à vida por não ter mais que esconder algo de si mesmo e dos outros.

Quando reunimos coragem para ser o Eu Verdadeiro, mesmo que parecemos ser muito menos que o Eu Idealizado, vamos descobrir que ele é muito mais.”
“Você só pode atingir a perfeição atravessando as suas imperfeições, e não contornando-as.” (Eva Pierrakos)

“Para encontrar o Eu Superior, é preciso, em primeiro lugar, se libertar das nossas máscaras, da auto-imagem idealizada, da representação glorificada de quem achamos que deveríamos ser, e que tentamos fingir que somos.
Com o tempo veremos onde em nossos sentimentos, reações e pensamentos mais profundos, se não em nossos atos, violamos muitas leis espirituais.
Tal percepção vai nos tornar capazes de modificar gradualmente correntes internas e reações emocionais e isso libertará automaticamente um poder e uma força vital que antes estavam trancados e bloqueados.” (Do livro “Não temas o mal”)

“Se você não tem a coragem de escavar o seu inconsciente, de encarar a sua imagem, dissolvê-la e assim fazer de si mesmo uma nova pessoa, você nunca estará livre nesta vida, estará sempre acorrentado e amarrado.
O preço de sua liberdade é a sua coragem e a sua humildade em encarar o que está por dentro.” (Eva Pierrakos)



“Você só pode atingir a perfeição atravessando as suas imperfeições, e não contornando-as.”

Ver as coisas como elas são

Pedro Kupfer, em seu artigo “Introdução ao estudo da Bhagavad Gita” fala que:
“Uma das mais belas coisas dos humanos é a liberdade, a consciência. Mas, ao mesmo tempo em que desfrutamos da glória de sermos auto-conscientes, essa glória não dura muito tempo, pois o espelho nos devolve a imagem de alguém que está tentando constantemente se completar satisfazendo desejos ou projetando expectativas nas pessoas e no mundo à sua volta. Em suma, achamos que seremos felizes somente quando formos diferentes do que somos neste momento”.

Goura Nataraj Das diz em seu artigo “Sadhana e Liberdade”:
“Para Epictetus, importante filósofo estóico do período romano, a verdadeira liberdade consiste em considerar as coisas como realmente são, não como somos acostumados a senti-las, sempre sobre a influência de condicionamentos que, nem sempre, o que vale dizer, quase nunca, nos representam o quadro fidedigno do mundo em que vivemos.”
Há quem diga que a loucura é o ápice da liberdade:
Odeia-se aquele que é livre,
porque perturba o descanso
das pessoas rotineiras.

O louco é insuportável,
porque vive perdido
na liberdade total.
"Descobri que nesta vida o mais importante é definir exatamente o que queremos para poder vivê-las intensamente".
(Dulce Magalhães)
“Fazer tudo para agradar é o caminho mais rápido apara a rejeição, afinal, todo charme tem um pouco de antipatia.”
(Poeta Fabrício Carpinejar)
“Céus, como estamos mal-acostumados! Da infância à vida profissional, muitos de nós vamos – num longo e muitas vezes doloroso processo – perdendo a nossa voz, nossa visão de mundo, nosso pensamento. Enfim: deixamos de ser autônomos. Tornamo-nos autômatos, robozinhos, escravos da opinião alheia, sempre no piloto automático. E isso é péssimo. Claro que há mais gente suscetível e gente mais durona, daquele tipo que bate o pé com vigor. Mas nossa sociedade, altamente tecnológica, está cada vez mais nos afastando da verdadeira independência. Escravos do tempo, títeres nas mãos da família ou do chefe, mudos diante do cônjuge.
Não é fácil romper os grilhões que nos aprisionam.
É preciso muita coragem para criar a própria realidade, apostar na autonomia e na liberdade, pensar com a própria cabeça e sentir com o próprio coração, sem intermediários.”
(Leandro Sarmatz, redator-chefe da revista Vida Simples)
INDEPENDÊNCIA
AUTENTICIDADE
LIBERDADE
INDEPENDÊNCIA X LIBERDADE
INDEPENDÊNCIA = LIBERDADE?
AUTONOMIA

"Essa necessidade de sermos aceitos pelo máximo de pessoas acaba minando o que temos de único. Deixamos nossa autenticidade atrofiada e vamos nos moldando aqui, nos modificando ali porque é muito difícil abrir mão dos anseios, das expectativas que os outros têm de nós.
Poucas foram as épocas em que o social influiu tanto na alma como nesta era em que vivemos, da cultura das massas.
Imaginamos da forma como nos ensinaram a imaginar. Sonhamos com o que nos mandaram sonhar. Sob a aparência de uma liberdade máxima, nunca talvez tenhamos sido tão explicitamente padronizados, domesticados e manipulados. Isso tem gerado uma sociedade em que as pessoas estão cada vez mais angustiadas, perdidas dentro de si mesmas, mutilando sua forma de ser para serem aceitas.
O conceito de autenticidade está relacionado a diversos fatores, mas talvez o mais fundamental deles seja o auto reconhecimento: conhecer e acreditar em nossas próprias motivações, emoções, preferências e habilidades. A autenticidade requer que possamos agir em congruência com nossos próprios valores e vontades, mesmo sob o risco de rejeição.
Para nos tornarmos mais autênticos, é preciso reconhecer e aceitar a singularidade, a originalidade e a graça que existe em nós. O resgate da nossa própria alma passa pelo exercício sadio da individualidade. E individualismo não significa egoísmo; é valorizar que somos únicos e, apesar de vivermos em um mundo cada vez mais parecido, bater o pé em favor dos nossos pensamentos, gostos, idéias e sonhos para seguir em frente. Precisamente aonde, é cada um de nós que tem que descobrir."
(Trechos do artigo Recuse imitações, revista Vida Simples Março 2010)

Estado de liberdade

Estado de liberdade

Pedro Kupfer, em seu artigo “Iluminação para que?” coloca:

“O mais precioso dos ensinamentos do Yoga, e um dos mais ignorados, é que a vida de prática e estudo, bem como moksha, o estado de liberdade, não são coisas que você deva fazer centrado em seu próprio interesse, mas pensando em libertar todos os seres da roda do samsara, da vida condicionada e de sofrimento. Essa é a motivação mais justa e nobre para praticarmos e conhecermos a nós mesmos.”

Em outro texto ele diz: “Como escola de vida, o Yoga propõe um caminho para a liberdade através do conhecimento, da compaixão e do amor. Seus métodos são variados e ricos, o que permite que cada pessoa possa encontrar a abordagem mais significativa para si própria. Destinado a pessoas dispostas a sacrificar tudo para viver em liberdade”.

Pedro continua: “Om é a liberdade, a plenitude e a felicidade que todos estamos buscando distraidamente do lado de fora, sem percebermos que nós mesmos já somos isso. É necessário apenas descobrir essa liberdade em nós. A liberdade, chamada moksha em sânscrito, é o objetivo final de todas as formas de Yoga. O conhecimento é o veículo para acessarmos essa liberdade. Por isso, fala-se tanto sobre o auto-conhecimento nas escrituras do Yoga.”

Mais palavras do Pedro:
“Os ensinamentos do Yoga são somente acessíveis através da praxis: o praticante deve pôr sob o jugo seu corpo, sua mente e sua psique, para alcançar a liberdade interior. Múltiplo em suas diferentes correntes e manifestações, ele é sempre fiel a um modo de ver o homem e de servi-lo: após a severidade e paciência exigidas pela prática, sente-se a calidez da sua solicitude carinhosa por todos e respeito por todo o criado. Seu caminho é radical mas acessível e nos leva à conquista da liberdade mais absoluta. Quando você dá um passo em direção ao Yoga, ele dá cem em direção a você.”

Segundo Goura NatarajDas, filósofo e professor de yoga: “o yoga pretende dar ao homem a experiência da liberdade. Em sânscrito – moksha – libertação dos condicionamentos. A idéia é que despertemos de nosso sono, que deixemos de lado nossas ilusões sobre a vida e comecemos a viver de fato.”

Porém,como diz Goura:"a experiência da liberdade precisa ser vivenciada, não apenas entendida, por mais que isto já seja um grande passo."

“Nós praticamos para nos tornarmos práticos.”
(Pai)

Busque o conhecimento que liberta.

“A Liberdade é um estado mental.” (J. Krishnamurti)

"A liberdade é um estado mental; não é estar livre de alguma coisa, porém um estado de liberdade – liberdade para duvidar e questionar todas as coisas e, portanto, uma liberdade tão intensa, ativa e vigorosa, que expulsa toda espécie de dependência, de escravidão, de ajustamento e aceitação." (Krishnamurti, do livro Liberte-se do Passado)

Acredito que a única coisa que pode nos dar paz, mas paz verdadeira é sermos capazes de saber quem somos e o que estamos fazendo aqui.

“Não existe dor maior do que não saber quem somos.”

Afinal, se não conhecemos a nós mesmos, se não sabemos quem somos, como podemos ganhar paz, felicidade ou qualquer outra coisa que realmente importa em nossas vidas?

Ter liberdade para mudar de idéia a hora que quiser.

De fato, a liberdade de escolher a vida que se quer viver é o mais alto nível de paz, alegria e criatividade.

Coragem, Coração...

'Dentro do coração, em uma pequena cavidade, repousa o universo. Um fogo arde aí, irradiando em todas as direções.' Mahanarayana Upanishad, XI:9-10.

A pior das prisões é aquela feita com o coração.
(Biscoito da sorte China in Box)

Tagore

Perguntaram à Rabindranath Tagore como ele gostaria de ser lembrado na vida? E ele respondeu:
“Gostaria de ser lembrado como (...) alguém que ofereceu todo o seu potencial, todas as flores de seu ser para a divindade desconhecida da existência.”

Não só o poeta indiano, mas todos nós desejamos a liberdade, porém também amamos e desejamos tudo aquilo que nos acorrenta e agrilhoa na vida.

Liberdade é amar!

“Não existe agir ou não agir corretamente quando existe liberdade. Você é livre, e, desse centro livre, age. Portanto, não existe medo, e a mente sem medo é capaz de infinito amor.” (J. Krishnamurti)

Prya = Liberdade = Ser feliz!

Prya = Liberdade = Ser feliz!

Nesse sentido, Deleuze se aproxima muito do próprio significado original do termo liberdade. A palavra prya, em sânscrito, que significa aquilo que se ama e que dá prazer e alegria, deu origem à palavra free (livre), em inglês.
Prya é muito mais do que se libertar de alguma coisa, como quer o termo latino. Prya é simplesmente, ser feliz!

O polêmico Bagwan Rajneesh diz que a liberdade tem dois aspectos: a liberdade de e a liberdade para. Ser livre dos pais, da igreja, da empresa, de prisões consentidas não significa muita coisa. É uma liberdade negativa.

Não é ser ‘livre de’ e sim ‘livre para’. Ser livre para quê?
“Ser livre para ser, para criar, para se expressar, isso é o que importa. As pessoas criativas são belas, felizes, plenas, vivenciam a vida ao máximo”, diz ele.
Liberdade é única e exclusivamente ser do jeito que você é, deixar seu ser verdadeiro transbordar dentro de si e permitir que ele dirija suas ações. E não se há de ter medo de uma liberdade assim. Um ser livre está conectado a tudo e a todos. É o que dizem pensadores como Fritjof Capra, autor de livros como Teia da Vida e Conexões Ocultas.

Caminhos da liberdade (os caminhos são muitos)

O pensador francês Gilles Deleuze nos conduz ao mundo vibrante onde está inserida a liberdade quando diz: Ser livre é seguir a vibração pulsante do nosso coração. (...)
Segundo ele, devemos estar atentos ao que nos torna vibrantes, brilhantes e vivos.
Cada um tem seu feixe de energias, cada um vibra e ressoa à sua maneira (seja com um pouco de erva e água clara, seja com palavras e pensamentos, seja com uma tarde de verão e um sorvete).
Não perder de vista o que nos deixa vivos é uma bela placa indicando o caminho à liberdade de ser.
Porque, quando nos sentimos enérgicos e brilhantes por dentro, manifestamos o que é mais real em nós.

Só pode amar verdadeiramente quem é livre.

Do denso ao sutil

Então a pergunta que Krishnamurti faz é: O que podemos fazer para promover em nossa própria essência uma revolução total, uma mutação psicológica radical, para não sermos mais brutais, violentos, competitivos, ansiosos, ávidos, invejosos, e para que brote definitivamente a fonte inesgotável do amor e da afeição em nós? Isto é, o que podemos fazer para voltarmos a ser livres como uma criança?

Sua resposta para esta pergunta é: Apenas Olhar, Observar. Prestar atenção verdadeiramente, realmente, em tudo o que está dentro e fora de nós. Ver as correntes que nos prendem, observar os grilhões a que estamos atados, as mentiras, os sonhos, as fantasias. Um encontro cara a cara com a verdade, cada dia mais profundo. E quando aprendermos a olhar de maneira tão sincera e real, disse Krishnamurti, tudo se esclarecerá. As correntes começarão a se desfazer, a visão estará mais límpida e desimpedida.
É claro que, isso pode ser doloroso.

O que Krishnamurti nos propões é sermos como uma criança, uma borboleta que se transformou radicalmente ao abandonar o estágio de larva e lagarta. Essa criança pode viver tranquilamente no mundo, mas não pertencer mais a ele.
É criativa, leve e solta. E feliz. Nada mais a sufoca.

Ela é a única realmente livre. (...)

Embora o pensador indiano não acreditasse no potencial transformador das religiões, pode-se dizer que alguém, ao viver o âmago de um ensinamento espiritual, como Buda ou Jesus, também conquista essa mesma liberdade e pureza. Mas será que nós, pobres mortais, também a atingimos? (...)

A primeira coisa que se torna evidente depois de olhar e observar é que sequer conseguimos seguir o sistema, religião ou ideologia que defendemos com tanto ardor. “Você tem suas inclinações, tendências e pressões peculiares, que colidem com o sistema que julga seguir, portanto, existe uma contradição básica. Você tem assim uma vida dupla, entre a ideologia do sistema e a realidade de sua vida diária”, diz Krishnamurti. No esforço para se ajustar à ideologia (ou religião, ou doutrina), você recalca a si mesmo, seu ser verdadeiro. Sua essência é massacrada por um milhão de vozes: de sua personalidade, da sociedade, de sua própria consciência fragmentada. “No entanto, o que é realmente verdadeiro não é a ideologia, mas aquilo que você é.”

Temos que aprender a reconhecer aquilo que nos aprisiona (e seguir livre, leve e solto)


Pedro Kupfer, em seu artigo “Coração, iluminação e liberdade escreve: “O destino individual é definido por cada um de nós, pois, sendo dotados de livre arbítrio, podemos sempre optar entre o bem e o mal e, conseqüentemente, libertar-nos dos condicionamentos para, por fim, sairmos da roda do samsara.

Porém, conforme o erro existencial vai agravando-se, nossas crenças e medos vão se cristalizando e acabamos por nos assemelhar a uma pupa, presa dentro do casulo que ela mesma teceu, e da qual não pode mais sair.

Quase todos nós, seres humanos, somos como a pupa que não consegue se libertar e que, não tendo forças para sair da prisão fabricada por si própria, acaba morrendo dentro dela. Não conseguimos transcender nem conseguimos enxergar a realidade que se esconde por trás do mundo das aparências.

Gastamos tanta força na construção dos nossos casulos que não nos sobra fôlego para sair deles. Esses casulos são tecidos pelos nossos próprios desejos, crenças, instintos, vontades e atitudes, além dos bens materiais que conquistamos ou pelos quais aprendemos a lutar."

Krishnamurti acreditava que, ao se livrar do enorme peso das tradições, religiões e ideologias e do seu próprio passado, o indivíduo ganhava uma carga extraordinária de energia e vitalidade. Criava então, condições internas e força suficientes para ser livre. A própria energia disponível tornava-se o combustível da mutação necessária para a transformação.

“Todas as formas exteriores de mudanças, produzidas pelas guerras, revoluções, reformas, pelas leis e ideologias, falharam completamente, pois não mudaram a natureza básica do homem e, portanto, da sociedade.” (J. Krishnamurti)

VIVENDO A LIBERDADE

O Mestre Swami Dayananda fala de cinco tipos de Liberdade:

LIBERDADE DA LIMITAÇÃO: Livre de idéia de ser limitado a um corpo, uma mente, uma época e um território;

LIBERDADE DA TRISTEZA: Livre de ser infeliz;

LIBERDADE DO ISOLAMENTO: Livre de ser isolado do mundo e de ter com ele uma relação de sujeito-objeto;

LIBERDADE DO DESEJO: Livre de ser um vazio a ser preenchido;

LIBERDADE NA AÇÃO: Livre de ser condenado ao destino e atado ao livre-arbítrio.

“Moksha ou liberdade, não é uma experiência, mas uma maneira de ver a vida, e ver a si mesmo nela.” (Swami Dayananda)

LIBERDADE: A CORAGEM DE SER VOCÊ MESMO.

A Liberdade é a coisa mais importante da vida.
Como reconhecer o que ainda nos amarra?
O que é realmente ser livre?
Quando falamos em liberdade, estamo-nos referindo à liberdade completa ou à libertação de uma certa coisa inconveniente, desagradável ou indesejável?
Gostaríamos de ficar livres de lembranças dolorosas e desagradáveis e de nossas experiências infelizes, conservando, porém, nossas aprazíveis e satisfatórias ideologias, fórmulas e relações. Mas, conservar uma coisa sem a outra é impossível, porque o prazer é inseparável da dor.
Então, como alcançar a verdadeira liberdade?
É preciso uma formidável revolução interior, passar por uma transformação interna radical.

Reflexões sobre a Liberdade

Meus próximos posts serão reflexões sobre a liberdade...

“Nunca as agonias da repressão, nem a brutalidade da disciplina de ajustamento a um padrão conduziram à Verdade. Para encontrar-se com a Verdade, a mente deve estar completamente livre e sem a mínima deformação.” (Krishnamurti)

Projeto Liberdade

Iniciei o Projeto Liberdade no dia 06 de Fevereiro de 2010, quando resolvi escrever na parede do meu quarto a palavra: LIBERDADE.
Descobri que é o que eu busco todos os dias.
Mas o que é a liberdade? Como alcançar a verdadeira liberdade?
Precisamos decidir se desejamos ou não sermos completamente livres. E se dizemos que o desejamos, é preciso compreender a natureza e a estrutura da liberdade.
Assim, através de uma revisão bibliográfica, vou "costurando" opiniões, idéias e informações de diferentes autores, para servir como uma espécie de guia, de cartilha para minha vida.