Arte, Cultura e Filosofia

“Não acredite em algo simplesmente porque ouviu. Não acredite em algo simplesmente porque todos falam a respeito. Não acredite em algo simplesmente porque está escrito em seus livros religiosos. Não acredite em algo só porque seus professores e mestres dizem que é verdade. Não acredite em tradições só porque foram passadas de geração em geração. Mas depois de muita análise e observação, se você vê que algo concorda com a razão, e que conduz ao bem e benefício de todos, aceite-o e viva-o.” (Sidarta Gautama, o Buda)

A mensagem é sempre examinar e ver por si mesmo. Quando você vir por si mesmo o que é verdadeiro — e esse é realmente o único modo pelo qual você pode conhecer genuinamente qualquer coisa — quando isso acontecer, aceite—o. Até aí, apenas deixe de lado o julgamento e a crítica.


"Se um cego guiar outro cego, cairão ambos no barranco."

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

DESIDERATA

Em 2011...
Que possamos nos libertar de tudo o que nos aprisiona

Que possamos amar incondicionalmente

Que sejamos mais felizes

Que sejamos mais gentis

Que tenhamos paz

Que tenhamos mais fé

Que tenhamos muita saúde

Que não faltem arte, música e dança em nossas vidas!



(Inspirada no site www.yoga.pro.br)

CARDÁPIO PARA A CEIA DE ANO NOVO!

Para quem ainda não decidiu o que vai fazer, segue uma sugestão de cardápio para a ceia de Ano Novo Vegan:

Risoto de arroz preto com abóbora

Ingredientes:
500g de arroz negro
1/2 talo de alho-poró
1/2 abóbora japonesa (hokaido) sem casca cortada em cubos pequenos
1 pimentão vermelho cortado em cubos pequenos
Azeite
Sal a gosto

Preparo:
Em uma panela, refogue no azeite os cubos de abóbora e de pimentão vermelho até que estejam levemente dourados e ainda tenros. Reserve. Em outra panela, refogue o alho-poró até dourar e acrescente o arroz e o sal. Aos poucos adicione a água e mexa até que o arroz cozinhe. Com o arroz já cozido, acrescente os cubos de abóbora e de pimentão e misture. Adicione azeite de oliva e mexa levemente para que os grãos não se quebrem.
Rende: 8 porções.

Lentilha da Prosperidade

Ingredientes:
500g de lentilha
40g de gengibre
100g de coco ralado
1 maço de salsinha fresca
2 colheres de sopa rasas de cúrcuma (açafrão)
1 colher de sopa de cominho em pó
1 vidro pequeno de leite de coco
Sal a gosto

Opcional: cortar em cubos pequenos meio chuchu e meia cenoura para dar cor e valor nutricional.

Preparo:
Lave e escolha bem a lentilha. Coloque no fogo alto com água e sal dois dedos acima do nível da lentilha até que comece a ferver. Abaixe o fogo e cozinhe até que fique al dente. Pique o gengibre (descascado e cortado) e a salsinha fresca (lavada em água suave). Com um pouco de óleo de girassol, frite o gengibre com o coco ralado adicionando a cúrcuma e o sal. Depois de o gengibre estar dourado, adicione o leite de coco até que ferva, sempre mexendo para que não queime e grude na frigideira. No fogo baixo, adicione o cominho em pó na lentilha e, em seguida, o tempero frito. Cozinhe a lentilha com o tempero por 10 mais minutos, aproximadamente, para que pegue bem o gosto dele. Por fim, salpique a salsinha por cima da lentilha como decoração.
Rende: 5 porções.



Gran finale!
Sobremesa:
Smoothie de abacate

Esta receita aprendi com o Dr. Eric Slywitch e é uma delícia!

Ingredientes:
Caldo de cana
Abacate maduro

Preparo:
Congele caldo de cana em uma forma de gelo.
Coloque esse caldo de cana(já congelado) no liquidificador (sem adicionar
água) e bata.
Adicione abacate maduro (que estava na geladeira).
Bata tudo até ficar com consistência de mousse.

(Se preferir, acrescente cacau em pó para transformar em smoothie de chocolate!)



(Fontes: Risoto - André Vieland/ Revista dos Vegetarianos, Lentilha- Gustavo Taglialatela de Lemos/ Revista dos Vegetarianos, Smoothie de Abacate: Dr Eric Slywitch)

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

IRREVERÊNCIA

"Os grandes só se parecem grandes porque estamos de joelhos."
(Proudhon)

Foto: Gisele M Borges

Admiro quem é irreverente, pois não sai fazendo reverências aos outros...

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

VEGGIE BURGER

Minhas irmãs e eu aproveitamos a calmaria do natal para preparar alguns quitutes vegetarianos e congelar para os momentos "sem tempo".

Fizemos hamburguer de cenoura com amaranto, veg burger de inhame, almôndegas de tofu...

A receita das almôndegas já está no blog, mas aí vão as outras receitas, que são super saborosas!


HARMBURGUER DE CENOURA COM AMARANTO


Ingredientes:
2 cenouras grandes raladas fino
1 xícara de flocos de amaranto
Farinha de trigo para dar o ponto
Sal e salsa a gosto

Preparo:
Reserve a cenoura ralada por uns 10 minutos para que solte bastante água.
Misture os outros ingredientes, exceto a farinha, que deverá ser colocada aos poucos até que se consiga formar os hambúrgueres.
Leve-os ao forno.

Foto: Gabriela M Borges

(Receita da Revista dos Vegetarianos, Chef André Vieland, do Restaurante Loving Hut/SP)


VEG BURGER DE INHAME

Ingredientes:
1 xícara de tofu amassado
1 xícara de triguilho
1 xícara de abóbora hokaido crua ralada no fininho
1 xícara de inhame raladinho bem fininho
1/4 de xícara de cebolinha verde
1/2 xicara de pimentão vermelho picadinho
1/2 colher de açafrão
4 colheres de sopa de óleo
3/4 xícara de trigo branco e sal

Preparo:
Misturar tudo muito bem até formar uma liga capaz de formar os burgers. Se houver necessidade de dar mais liga, acrescentar 2 colheres de sopa de trigo branco. Utlizar uma tampa de pote de vidro como fôrma com um diâmetro de 10 cm. Colocar um plástico no fundo da tampa e colocar a massa dentro apertando bem com a colher. Untar uma fôrma grande, desinformar o veg burger na fôrma untada.
Assar em uma temperatura de 220 graus por 30 a 35 minutos.

(Receita do livro "Viver Vegetariano - Sutilizando a existência", de Maria Laura Packer)

MOQUECA DE PUPUNHA

Pelo terceiro ano consecutivo a ceia de natal aqui na minha casa é vegetariana!

Este ano o cardápio foi moqueca de pupunha! Ficou uma delícia e aí vai a minha receita:

Moqueca de Pupunha:

Ingredientes:
1 kg de palmito pupunha
3 tomates maduros, cortado em fatias
Pimentões coloridos (vermelho e amarelo), cortado em fatias
1 ramo de coentro ou cheiro verde a gosto
1 ramo de salsinha
1 talo de alho-poró em rodelas
500 ml de leite de coco
100 ml de azeite de dendê
Azeite de oliva
1 colher de sopa de algas japonesas (wakame e kombu) secas e picadas
Sal marinho
1 colher (sobremesa) de pimenta-de-bico
Pimenta dedo-de-moça a gosto
Molho de tomates frescos

Preparo:

Cortar o palmito em rodelas e levado ao cozimento.(Uma opção é colocar a pupunha em uma fôrma com um pouco de água. Levar para assar uma hora e meia com papel alumínio cobrindo a fôrma).
Quando estiverem macias, corte em meia lua e reserve.
Numa panela (de preferência de barro), arrume o palmito em camadas com os temperos verdes, as algas, o alho-poró, os tomates e o pimentão. Tempere com o sal e a pimenta. Regue com o molho de tomate, o leite de coco, o azeite de dendê, e o de oliva. Tampe a panela e deixe cozinhar. Sirva quente, com arroz integral e farofa.

Farofa


Ingredientes:
Farinha de mandioca
Linhaça
Aveia*
Sal
Cominho
Óleo

Preparo:
Aqueça o óleo com o cominho. Adicione a farinha, a linhaça, a aveia e o sal. Fique mexendo até você ver que a farinha está dourada e crocante.
* No lugar da aveia você pode colocar germe de trigo, ou farinha amarela, ou outro ingrediente de sua preferência. Na farofa a base é óleo, farinha de mandioca e o sal. O restante você cria conforme o seu gosto. Picar o talo com a folha de beterraba e colocar na farofa também fica uma delícia!
A cozinha é um lugar para criar!

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Serenata...

Do programa de tv do meu amigo Rodrigo Domingos - Câmbio Cultural Tv, canal 10 da NET, meu também amigo cineasta Juliano Lüeders

"GREAT MINDS THINK ALIKE!"
(Ditado popular dito hoje pelo meu amigo Juliano Lüeders, quando nós descobrimos que o nosso cardápio do Natal ia ser igualzinho: MOQUECA DE PUPUNHA!!
Dá para acreditar?!)

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Tá descendo muito...

Tenho uma amiga - Samira - que tem um blog (http://tadescendomuito.blogspot.com) que vale muito acompanhar.
Ela sempre posta uns textos muito legais, a maioria são um convite à reflexão.
Sou muito fã da Samira, ela é uma excelente jornalista e uma ótima escritora.
Dá só uma olhada:

http://tadescendomuito.blogspot.com/2010/12/na-rotina-de-cada-dia.html

Ela postou um vídeo de dança muito bom!

Vale a pena conferir!

domingo, 19 de dezembro de 2010

Vem chegando o verão...

Foto: Darcy Guimarães, num fim de tarde na Indonésia.

Na próxima terça-feira - em 21 de dezembro - às 21:38h começa o verão.

As estações derivam dos ritmos cósmicos, elas são as respostas à jornada anual da Terra ao redor do sol. Nossos ritmos estão diretamente relacionado às estações. Nesse sentido, nosso bem-estar depende do equilíbrio intuitivo entre nosso ser e a natureza. Quando respeitamos as estações fortalecemos nossa capacidade de conexão com a natureza, e assim, atingimos um estado ideal de saúde.

No verão, o sol reina; o coração reina em nós. A semente que virou planta na primavera já está soltando botões, flores e frutos. Nós também desabrochamos e nos mostramos ao mundo vestindo pouca roupa, encontrando as pessoas, falando e ouvindo, desfrutando do calor sem pressa, vivendo o que somos sem esforço. Isto mesmo, no verão não se deve forçar nada, pois já não é tempo de criar. A vida alcança sua plenitude exatamente do jeito que está.

'Dentro do coração, em uma pequena cavidade, repousa o universo. Um fogo arde aí, irradiando em todas as direções.' Mahanarayana Upanishad, XI:9-10.

Também temos um sol em nós, representado pelo coração, que irradia calor humano através dos sentimentos e produz alegria. Para os chineses, coração e mente são a mesma coisa; os pensamentos são movimentos do coração, e o coração é o soberano do corpo/mente/espírito.

MANTRA DO VERÃO: CELEBRAR E FESTEJAR

Vamos aproveitar todas as oportunidades para encher o nosso coração e abrir nosso espírito ao universo interior, onde poderemos descobrir a natureza inteira.Contemplar o sol nascendo, fixar nele os olhos e pensar naquilo que nós desejamos, costuma dar certo. Contemplar o sol se pondo, fixar nele os olhos e deixar sair o peso do coração, também.
A mentalização da luz solar se irradiando do centro do peito ajuda a aquecer o coração, e pode ser enviada para alguém.

A mente sempre seguiu os impulsos do coração.
Que neste verão possamos libertar o nosso coração e sermos felizes!



(Textos dos livros: "Manual do Herói" e "O Caminho da Prática")

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

PANETONE INTEGRAL

O Natal está chegando, e já estou saudade de fazer o panetone integral da Laurinha Packer...É uma delícia e qualquer um pode fazer.
Ao invés de um panetone que vem cheio de açucar e conservantes, dá para fazer uma receita saudável dessa delícia natalina.

Ingredientes:

2 xícaras de trigo integral fino
1 xícara de trigo integral grosso
1 xícara de trigo branco
½ xícara de melado
3 colheres de óleo
½ xícara de uva passas
½ xícara de ameixa preta
½ xícara de castanha picada
½ xícara de frutas cristalizadas (se preferir, pode substituir por coco ralado seco)
Canela, noz moscada, cravo em pó, baunilha em pó, sal , 3 colheres de chá de fermento para pão e água morna o suficiente para deixar a massa consistente.

Modo de fazer:
Misturar todos os ingredientes, amassar muito bem de forma que a massa atinja um ponto de consistência e maciez. Deixar descansar até crescer. Manter a massa sempre coberta para não esfriar. Depois de crescida, amassar novamente e dividir a massa em duas porções e colocar em fôrma untada, uma porção em cada fôrma. Deixar crescer novamente e assar em forno pré-aquecido por 1 hora. A primeira meia hora em fogo alto e depois abaixar para fogo médio / baixo. Cuidar para não queimar. Deixar esfriar e saborear!

(E QUEM QUISER FAZER UM CHOCOTONE INTEGRAL, É SÓ ACRESCENTAR PEDAÇOS DE CHOCOLATE MEIO AMARGO NA RECEITA ;-))

* Alimento livre de toxidez provocado pelo açúcar e conservantes. Grande fonte de nutrientes.

Agora, mãos à massa!
E um FELIZ NATAL!

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

EU CONCORDO!

"Todo artista merece aplausos e reconhecimento financeiro."

(Lou Nassif)
Do site http://dancasalaojoinville.com/blog/
QUEM TEM RÓTULO É REMÉDIO!
"...E que fique muito mal explicado.
Não faço força para ser entendido.
Quem faz sentido é soldado..."

(Mário Quintana)

domingo, 28 de novembro de 2010

Um yogue chamado Ayrton Senna...

SENNA. O Brasileiro. O Herói. O Campeão.
Assisti hoje o documentário comovente sobre a vida do piloto Ayrton Senna. O filme conta a trajetória de Senna desde que estreou nas pistas, em 1984, até sua morte trágica em 1994. #EuAmoAyrtonSenna


“Uma maneira de preservar sua própria imagem é não deixar que o mundo invada sua casa. Foi um modo que encontrei de preservar ao máximo meus valores.”

“Quando você não está feliz, é preciso ser forte para mudar, resistir à tentação do retorno. O fraco não vai a lugar algum.”

“No que diz respeito ao empenho, ao compromisso, ao esforço, à dedicação, não existe meio termo. Ou você faz uma coisa bem feita ou não faz.”

“Trabalhei muito para chegar ao sucesso, mas não conseguiria nada se Deus não ajudasse.”

“Quando Deus quer, não há quem não queira.”

“O medo faz parte da vida da gente. Algumas pessoas não sabem como enfrentá-lo. Outras, acho que estou entre elas, aprendem a conviver com ele e o encaram não de forma negativa, mas como um sentimento de auto preservação.”

“Ele (Deus) é o dono de tudo. Devo a Ele a oportunidade que tive de chegar onde cheguei. Muitas pessoas têm essa capacidade, mas não têm a oportunidade. Ele a deu pra mim, não sei porque. Só sei que não posso desperdiçá-la.”

“No que acredito mesmo é em Deus.”

(Ayrton Senna da Silva)

domingo, 21 de novembro de 2010

RECOMENDO!

Assisti a este filme hoje e amei!!! Ri o filme todo! Vale a pena :-D
#AmoFilmeBrasileiro


Com: Andréia Horta, Debora Lamm, Fernanda Souza, Gianne Albertoni
As amigas Mari, Tita e Aninha, encontram-se, separadamente, envolvidas em recentes acontecimentos tragicômicos. Nesse turbilhão de emoções, decidem juntas que é hora de mudar e partem em uma viagem para Búzios. Na estrada, conhecem Estrella, uma hippie, que lhes pede carona para tentar achar, no balneário carioca, o pai desconhecido. Num cenário de praias paradisíacas, situações hilárias, noitadas quentes e gente bonita, o rumo da vida dessas quatro moças muda a cada minuto, fazendo com que encontrem mais do que buscam - elas encontram a si próprias.

Luz e Sombra

"O conflito entre quem somos e quem queremos ser encontra-se no âmago da luta humana. A dualidade, na verdade, está no centro da experiência humana. No entando, a maioria de nós nega ou ignora nossa natureza dualista.
(...) Não examinamos nossa vida, nosso eu mais obscuro, o eu sombrio, onde está escondido nosso poder esquecido. É ali, nesse local mais improvável, que encontramos a chave para destrancar a força, a felicidade e a capacidade de viver nossos sonhos.
A obscuridade interior nos impede de expressar inteiramente o nosso eu, de falar nossa verdade e viver uma vida autêntica. Somente ao abraçar a nossa dualidade é que nos libertamos dos comportamentos que poderão potencialmente nos levar para baixo.
(...) O oposto do que tememos é, de fato, o que acontece. Em vez de vergonha, sentimos empatia. Em vez de constrangimento, ganhamos coragem. Em vez de limitação, experimentamos a liberdade.
(...)Longe de ser assustador, abraçar a sombra nos concede uma plenitude, permite que sejamos reais, reassumindo nosso poder, libertando nossa paixão e realizando nossos sonhos."

(Do livro: "O Efeito Sombra", de Deepak Chopra, Debbie Ford e Marianne Williamson)

sábado, 13 de novembro de 2010

QUEM SOU

...há impossibilidade de ser além do que se é -
no entanto eu me ultrapasso mesmo sem o delírio,
sou mais do que eu, quase normalmente -
tenho um corpo e tudo que eu fizer é continuação
de meu começo......
a única verdade é que vivo.
Sinceramente, eu vivo.
Quem sou? Bem, isso já é demais...
(Clarice Lispector)

Clarice Lispector e a Liberdade



- Ela é tão livre que um dia será presa.
- Presa por quê?
- Por excesso de liberdade.
- Mas essa liberdade é inocente?
- É. Até mesmo ingênua.
- Então por que a prisão?
- Porque a liberdade ofende."

“Acordei hoje com tal nostalgia de ser feliz. Eu nunca fui livre na minha vida inteira. Por dentro eu sempre me persegui. Eu me tornei intolerável para mim mesma. Vivo numa dualidade dilacerante. Eu tenho uma aparente liberdade mas estou presa dentro de mim.”
“Quero aceitar minha liberdade sem pensar o que muitos acham: que existir é coisa de doido, caso de loucura. Existir não é lógico.”
"Estremeço de prazer por entre a novidade de usar palavras que formam intenso matagal. Luto por conquistar mais profundamente a minha liberdade de sensações e pensamentos, sem nenhum sentido utilitário: sou sozinha, eu e minha liberdade.
É tamanha a liberdade que pode escandalizar um primitivo, mas sei que não te escandalizas com a plenitude que consigo e que é sem fronteiras perceptíveis.
Esta minha capacidade de viver o que é redondo e amplo - cerco-me por plantas carnívoras e animais legendários, tudo banhado pela tosca e esquerda luz de um sexo mítico.
Vou adiante de modo intuitivo e sem procurar uma idéia: sou orgânica. E não me indago sobre os meus motivos. Mergulho na quase dor de uma intensa alegria – e para me enfeitar nascem entre os meus cabelos folhas e ramagens"...

"Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido. Eu não: quero uma verdade inventada."

“Acho que devemos fazer coisa proibida – senão sufocamos.
Mas sem sentimento de culpa e sim como aviso de que somos livres.”

"E, antes de aprender a ser livre, eu agüentava – só para não ser livre."

"Liberdade é pouco, o que eu desejo ainda não tem nome".


terça-feira, 9 de novembro de 2010

CAMPO ALEGRE

Passei o fim de semana na Chácara Shanti Gaia (Terra da Paz), da minha amiga Malu...
Serenidade - Harmonia - Beleza - Tranqüilidade


Paisagem de Campo Alegre




Cachoeira










Amoras


Fisalis


Fim de tarde


Visão da casa da Malu


Árvore de Natal

Preciso dizer mais alguma coisa??

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

TOFU, O QUEIJO DA SOJA

Quem busca alternativas para o queijo encontra no tofu uma excelente opção, com importantes nutrientes como cálcio e proteína. Sua textura macia e seu sabor suave permitem elaborar uma infinidade de receitas com esse ingrediente, sejam doces ou salgadas. A seguir, uma sugestão de receita presente no livro Tofu - Sabor e saúde em 56 receitas, da chef vegetariana Ellen Vitorino.

Almôndegas italianas

INGREDIENTES
1 xícara de arroz integral cozido
1 xícara de tofu amassado
1 xícara de noz pecan moída
1/2 xícara de cebola ralada
1/2 xícara de farinha de pão
1 dente de alho amassado
1/4 de xícara de shoyu
1 colher de chá de manjericão seco
2 colheres de sopa de farinha integral
1/4 xícara de azeite de oliva
2 xícaras de molho de tomate

PREPARO
Misture todos os ingredientes em uma tijela grande. Se estiver muito seco, acrescente um pouco de água. Faça as almôndegas usando 2 colheres de sopa da mistura. Asse em forno médio e pré-aquecido por 15-20 minutos. Transfira as almôndegas para uma refratária e cubra com molho de tomate. Asse por mais 15 minutos e sirva quente.

RENDE: 15 porções.

Fonte: Revista dos Vegetarianos, n. 26, pág. 26.

ALIMENTO PARA A ALMA

"Alimento não é somente o que adentra nossa boca e sim o que penetra as cinco portas de entrada do conhecimento; o que entra pelos olhos, ouvidos, narinas e pele também é alimento."(Fábio Euksuzian)

domingo, 31 de outubro de 2010

OS FILMES QUE NÃO FIZ



“Os filmes que não fiz” é um curta-metragem bem divertido e muito instrutivo. Quem me falou deste documentário foi meu astrólogo e amigo do coração, Ricardo Lindemann. O documentário é uma comédia/ficção mostrando todos os projetos que um realizador elaborou e nunca executou.
Olhem o que Ricardo me falou:
"Às vezes, ou nos acomodamos ou colocamos a culpa no destino, mas quem sabe numa hora dessas nós reavaliamos aquilo que estamos fazendo.
Vamos percebendo que por um lado nos acomodamos, por outro lado nos auto boicotamos, neste sentido nem sempre investimos naquilo que dizemos acreditar, seja o que for.
A pergunta é: Naquilo que o nosso coração chama, até que ponto nos comprometemos?
É claro que há um esforço a ser feito, pois o desafio está em basicamente tirar da teoria e pôr na prática. E às vezes descobrimos que não sabemos nem sequer o que queremos e por isto a coisa não emplaca.
Então, o ideal seria descobrirmos exatamente o que queremos ou quais são as nossas reais necessidades. Aquilo que queríamos ter aprendido e não aprendemos, queríamos ter aprofundado e não aprofundamos, queríamos ter feito e não fizemos, queríamos ter vivido e não vivemos. Tem muito a ver com perguntar a si mesmo: afinal, do que de fato eu quero, eu sei, eu vou fazer?
Precisamos saber quais os nossos sonhos, nossos ideais, para que não hajam bloqueios e desta forma, ficarmos sem diretriz e sem meta nenhuma. Senão, a tendência é sermos levado pelo vento..."
E ele termina dizendo: "Quando não sabemos para onde ir, todos os ventos parecem contrários."
É uma boa reflexão.
E agora, mãos à obra!

BIKE LIXEIRA


Estes dias estava passando quando vi esta bike lixeira. Achei a idéia tão genial que resolvi parar para tirar uma foto.
O dono da casa transformou esta bike velha e sem utilidade em uma lixeira muito original!!



segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Escolhas mais conscientes

Este fim de semana eu estava contando para o meu pai um episódio que aconteceu comigo e um cliente e ele me falou assim: Gabi, "Os Cães Ladram e a Caravana Passa".
Já tinha escutado este ditado, mas nunca tinha realmente refletido sobre ele.
Mais uma vez confirmei a sabedoria que é o silêncio.
Não quero fazer parte dos cães que passam a vida ladrando, quero sim, ser nobre como a caravana que passa...
"Viver não é necessário; o que é necessário é criar"
(Fernando Pessoa no poema Navegar é Preciso)

domingo, 17 de outubro de 2010

"A INICIATIVA É UM ATO DE LIBERTAÇÃO DOS NOSSOS MEDOS."
(Letícia Pessole)

Às vezes além de iniciativa precisamos de uma ajudinha, um empurrãozinho e muita coragem!

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Começando a semana com estilo....

"MODAS DESAPARECEM,
ESTILO É ETERNO".
(Yves Saint Laurent)

sábado, 2 de outubro de 2010

Consumismo - voltando ao tema...


Recebi este e-mail do meu grande amigo Paulo Dallagnol.
Achei tão bom que pedi a autorização dele para publicá-lo aqui no blog para que mais pessoas pudessem ler. É meio extenso, mas vale a pena...

"Li um texto do Contardo Calligaris que se remete muito àquele comentário que fiz no teu blog, sobre o existencialismo, a liberdade e, especialmente, sobre o consumismo de massas e o sentimento de insatisfação e inadequação permanente, aí lembrei de ti. Dá só uma olhada:

O segredo da acumulação primitiva neoliberal
Na quarta-feira da semana passada, a coluna de Elio Gaspari na Folha evocava o drama recente de um navio de crianças escravas errando ao largo da costa do Benin. Ao ler o texto -que era inspirado-, o navio tornava-se uma metáfora de toda a África subsaariana: ilha à deriva, mistura de leprosário com campo de extermínio e reserva de mão-de-obra para migrações desesperadas.

Além da África, a viagem do navio negreiro evocava o sofrimento de imigrantes asfixiados em caminhões que atravessavam o Canal da Mancha, afogados no meio do rio Grande ou vencidos pelo sol e pela sede no deserto do Texas -os heróis das fotografias de Sebastião Salgado.

Elio Gaspari propunha um termo para designar esse povo móvel e desesperado: "os cidadãos descartáveis". "Massas de homens e mulheres são arrancadas de seus meios de subsistência e jogadas no mercado de trabalho como proletários livres, desprotegidos e sem direitos." São palavras de Marx, quando ele descreve a "acumulação primitiva", ou seja, o processo que, no século 16, criou as condições necessárias ao surgimento do capitalismo.

Para que ganhássemos nosso mundo moderno, foi necessário, por exemplo, que os servos feudais fossem, à força, expropriados do pedacinho de terra que podiam cultivar para sustentar-se. Massas inteiras se encontraram assim, paradoxalmente, livres da servidão, mas obrigadas a vender seu trabalho para sobreviver.

Quatro ou cinco séculos mais tarde, essa violência não deveria ter acabado? Ao que parece, o século 20 pediu uma espécie de segunda rodada, um ajuste: a criação de sujeitos descartáveis globais para um capitalismo enfim global.

Simples continuação ou repetição? Talvez haja uma diferença -pequena, mas substancial- entre as massas do século 16 e os migrantes da globalização: as primeiras foram arrancadas de seus meios de subsistência, os segundos são expropriados de seu lugar por uma violência comparável à da fome, por exemplo, mas quase sempre eles recebem em troca um devaneio. O protótipo poderia ser o prospecto que, um século atrás, seduzia os emigrantes europeus: sonhos de posse, de bem-estar e de ascensão social.

As condições para que o capitalismo invente sua versão neoliberal são subjetivas. A expropriação que torna a passagem possível é psicológica: necessita que sejamos arrancados nem tanto de nossos meios de subsistência, mas de nossa comunidade restrita, familiar e social, para sermos lançados numa procura infinita de status (e, hipoteticamente, de bem-estar) definido pelo acesso a bens e serviços. Arrancados de nós mesmos, devemos querer ardentemente ser outra coisa do que somos.

Depois da liberdade de vender nossa força de trabalho, a "acumulação primitiva" do neoliberalismo nos oferece a liberdade de mudar e subir na vida, ou seja, de cultivar visões, sonhos e devaneios de aventura e de sucesso. E, desde o prospecto do emigrante, a oferta vem se aprimorando. A partir dos anos 60, por exemplo, a televisão forneceu os sonhos para que o campo não só devesse, mas quisesse ir para a cidade.

Cuidado: a criação das condições psicológicas necessárias para o neoliberalismo não coincide com a simples promoção de um consumo massificado.

O requisito para que a máquina neoliberal funcione é mais refinado do que a venda dos mesmos sabonetes ou filmes para todos. Trata-se de alimentar um sonho infinito de perfectibilidade e, portanto, uma insatisfação radical. Não é pouca coisa: é necessário promover e vender objetos e serviços por eles serem indispensáveis para alcançarmos nossos ideais de status, de bem-estar e de felicidade, mas, ao mesmo tempo, é preciso que toda satisfação conclusiva permaneça impossível.

Para fomentar o sujeito neoliberal, o que importa não é lhe vender mais uma roupa, uma cortina ou uma lipoaspiração. Mas alimentar nele sonhos de elegância perfeita, casa perfeita e corpo perfeito. Pois esses sonhos perpetuam o sentimento de nossa inadequação e garantem, assim, que ele seja parte inalterável, definidora da personalidade contemporânea.

Provavelmente seria uma catástrofe se pudéssemos, de repente, acalmar nossa insatisfação. Aconteceria uma queda total do índice de confiança dos consumidores. Bolsas e economia iriam para o brejo. Desemprego, crise etc.

Melhor deixar como está. No entanto a coisa não fica bem. Do meu pequeno observatório psicanalítico, parece que o permanente sentimento de inadequação faz do sujeito neoliberal uma espécie de sonhador descartável, que corre atrás da miragem de sua felicidade como um trem descontrolado, sem condutor, acelerando progressivamente por inércia -até que os trilhos não aguentem mais."

Fonte: http://contardocalligaris.blogspot.com/2001/04/o-segredo-da-acumulao-primitiva.html

Bjs!
Paulo

TORTA KUCHI KUCHI

Minha irmã Gisele e eu estávamos de folga hoje e depois de sairmos para dar uma volta de bike em plena garoa Joinvillense, resolvemos fazer uma torta de banana (a mesma que já havia postado aqui no blog).
Fomos mudando uma coisa aqui, misturando outra ali e pronto! Numa mistura de torta de banana Tudo de Om e Cookie da Juli, nasceu a Torta Kuchi Kuchi!

Lá vai a receita:

Ingredientes:
4 xícaras de trigo integral fino
1 xícara de aveia média
1 ½ xícara de açúcar mascavo
1 xícara de óleo (pode ser óleo de girassol ou de milho)
Mais ou menos 15 bananas nanicas bem maduras cortadas ao meio de comprido
Canela
Cravo em pó
Chocolate meio amargo picadinho

Modo de fazer
Fazer uma farofa com o trigo, a aveia, o açúcar, óleo, canela e o cravo em pó. Misturar tudo muito bem de forma que a massa dê consistência. Untar uma fôrma e colocar a metade da farofa no fundo da fôrma, pressionar com as mãos. Colocar uma porção de banana sobre a farofa e espalhar o chocolate por cima. Colocar a outra parte da farofa por cima da banana. Assar por 35 a 40 minutos.

Comemos assim que saiu do forno com chazinho de capim-limão, nosso preferido.
Depois, é só ficar de kuchi kuchi:))

CHOVE CHUVA

Chove tanto em Joinville que daqui a pouco os peixes estarão nadando no ar!
(Ricardo Lindemann)

domingo, 26 de setembro de 2010

Kierkegaard X Krishnamurti

"Somente conheço a Verdade quando ela se torna viva em mim."

- Soren Kierkegaard

"A Verdade não tem caminho, e essa é a beleza; ela é viva."

- Jiddhu Krisnamurti

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

A LIBERDADE POSSÍVEL


"É sempre bom refletirmos profundamente sobre nossos pontos de vista para sabermos se são nossos de fato ou se foram 'inoculados' pelos instrumentos de pressão de que o meio social dispõe."

(Flávio Gikovate em seu livro A Liberdade Possível)

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

AS FLORES ANUNCIAM A CHEGADA DA PRIMAVERA



RESGATANDO AS ESTAÇÕES DO ANO

Na quinta-feira, dia 23/09/2010, exatamente às 00:09h, começa a primavera. Quando a estação muda, experimentamos uma mudança interna correspondente. Todas as formas de vida se abrem para receber instruções da natureza. É na primavera que a energia da semente se move em direção ao céu, gerando matéria e fazendo aparecer uma nova forma na superfície da terra. Por isso se diz que a primavera é o começo, a criação.

DESPERTE SUA ENERGIA

Nossos ritmos estão diretamente relacionados às estações. A energia vital sobe, cresce, ocupa espaço, procura abrir caminho para obter um lugar ao sol – exatamente como uma árvore que brota na primavera. Quando ingerimos frutos da terra nas estações devidas, fortalecemos nosso ritmo interno. Nesse sentido, nosso bem-estar depende do equilíbrio intuitivo entre nosso ser e a natureza. As transições cíclicas dos dias, estações, vidas e eras estão todas replicadas em nossos ritmos pessoais.

É hora de levar a vida com vigor, alegria e criatividade.


Mantra da primavera: Regenerar e Transformar
Planeta:Júpiter
Nota musical:Lá
Número:8

"Eu não sei, não sei dizer
Mas de repente essa alegria em mim
Alegria de viver
Que alegria de viver
E de ver tanta luz, tanto azul!
Quem jamais poderia supor
Que de um mundo que era tão triste e sem cor
Brotaria essa flor inocente
Chegaria esse amor de repente
E o que era somente um vazio sem fim
Se encheria de cores assim
Coração, põe-te a cantar
Canta o poema da primavera em flor
É o amor, o amor chegou
Chegou enfim"


Que a primavera se instale também em nosso interior e nos faça ter mais fé na vida.É nela que geralmente temos vontade de ver flores, rever amigos e lembrar poemas,como a “Canção do amor que chegou” de Vinícius de Moraes.


Que a primavera e a poesia inspirem a todos!

(Texto inspirado nos livros: "Manual do Herói" e "O Caminho da Prática"
Fotos: Gabriela M Borges)

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Um dia, muito tempo antes de muitos deuses terem nascido, despertei de um sono profundo e notei que todas as minhas máscaras tinham sido roubadas – as sete máscaras que eu havia confeccionado e usado em sete vidas – e corri sem máscara pelas ruas cheias de gente gritando:
“Ladrões, ladrões, malditos ladrões!”

Homens e mulheres riram de mim e alguns correram para casa, com medo de mim.

E quando cheguei à praça do mercado, um garoto trepado no telhado de uma casa gritou: “É um louco!” Olhei para cima, para vê-lo. O sol beijou pela primeira vez minha face nua.

Pela primeira vez, o sol beijava minha face nua, e minha alma inflamou-se de amor pelo sol, e não desejei mais minhas máscaras. E, como num transe, gritei: “Benditos, benditos os ladrões que roubaram minhas máscaras!”

Assim me tornei louco.

E encontrei tanto liberdade como segurança em minha loucura: a liberdade da solidão e a segurança de não ser compreendido, pois aquele que nos compreende escraviza alguma coisa em nós.

(Gibran Khalil Gibran - O Louco)

domingo, 12 de setembro de 2010

Quer ser livre? Então arrisque-se!


"Viver é um risco.
Estender a mão aos outros é arriscar-se a se envolver.
Mostrar seus sentimentos é expor sua humanidade.
Amar é arriscar-se a não ser amado.
Chorar é arriscar-se a parecer sentimental.
Tentar é arriscar-se ao fracasso.
Mas os riscos têm que ser corridos, pois o maior perigo na vida é não arriscar-se a nada. A pessoa que não arrisca nada não faz nada, não tem nada e não é nada. Pode evitar o sofrimento e o pesar, mas não pode aprender, sentir, mudar, crescer, viver ou amar. Acorrentado por suas certezas e vícios, é um escravo. Sacrificou seu maior predicado, que é a liberdade individual. Só a pessoa que se arrisca é livre."
(Leo Buscaglia)

VOCÊ NÃO SABE DA MAIOR!

Resolução de Ano Novo é um compromisso que uma pessoa faz para um projeto ou a reforma de um hábito. O nome vem do fato de que esses compromissos normalmente entram em vigor no Dia de Ano Novo. A minha deste ano foi: não falar de ninguém. Eu sabia que não seria tarefa fácil, afinal, temos a necessidade de comentar com senso crítico a vida dos outros; ou em outras palavras, fazer fofoca.

De certa forma, ao fazer um comentário de alguém, estamos tentando entender a essência do ser humano, e, portanto fazendo um exercício de autoconhecimento. Porém, comentar sobre a vida de alguém é uma coisa, e emitir juízo de valor sobre a mesma é outra. E a fofoca pode sim ser destrutiva. O psiquiatra Ângelo Gaiarsa diz que apenas 20% das informações trocadas entre as pessoas em qualquer ambiente, têm alguma utilidade. O resto é futilidade, é falar por falar.E Gaiarsa continua: “sempre estaremos ligados a fofocas, ou como vítimas ou como agentes.” E uma coisa é certa, quem não quiser ser vítima de fofoca, o melhor é não fofocar. Ou nas palavras de Sêneca: "Se queres que outrem guarde segredo, guarda-o tu primeiro."

Há os muito fofoqueiros e os fofoqueiros circunstanciais. Há os que usam a fofoca como maledicência, prejudicando e atingindo as pessoas; e há os que se divertem com fofocas inocentes. Mas uma coisa é real: todos fazem fofoca, é da natureza humana.

Presente ao longo de toda a História, tal ato é freqüentemente ligado à imagem das mulheres. Porém, engana-se quem pensa que fofoca é coisa de mulher: ambos fofocam. Pode até variar de foco ou de intenção, mas ninguém se escapa. O Centro de pesquisas de Londres, a Social Issues Research Centre, publicou que estatisticamente os homens são mais fofoqueiros. O que muda, entre a fofoca masculina e femina, é o teor da conversa: geralmente os homens fofocam sobre o ambiente de trabalho, gafes de colegas e principalmente sobre mulheres. Também vale ressaltar as razões que levam a fofoca: as mulheres, em geral, é uma maneira de passar o tempo enquanto para os homens pode servir, além de pura informação, como meio de auto-afirmação perante o resto dos amigos e colegas (quando este, por exemplo, gaba-se de ter saido com uma bela mulher).

Você consegue guardar segredo?

O educador e escritor Eugênio Mussak diz: “Uma fofoca é como o vento. Passa, mas vai deixar alguma conseqüência. Se for apenas um ventinho, a conseqüência nem será sentida, mas se for um vendaval, pode deixar um rastro de destruição.”

Segundo a professora de meditação Sally Kempton, uma maneira de saber se está no reino da fofoca ruim ou é compulsivo é pelo sabor que deixa para trás. E ela complementa: o bom fofoqueiro deixa um sabor amigável, não ficará com sentimentos de inadequação, raiva ou inveja. Além disso, é preciso prestar atenção o quão profundamente as palavras de outras pessoas podem distorcer nossas opiniões e até nossos sentimentos em relação ao outro. E quando falamos dos outros, fica até difícil para os outros confiarem em nós. Como diz um provérbio espanhol: “Aquele que fofoca com você irá fofocar sobre você também”.

Porém a fofoca nem sempre tem uma conotação ruim ou destrutiva. E em algumas situações temos a responsabilidade de dizer o que sabemos sobre a outra pessoa. Conversar com um amigo sobre o que sentimos por outra pessoa pode ser catártico, uma das razões pela qual precisamos de amigos é ter alguém para nos ouvir...
Por outro lado, falar dos outros também pode ser uma forma de evitar olhar para algo difícil em si mesmo. Tem um ditado que diz: “Quando Pedro fala de João, sabe-se muito mais sobre Pedro do que sobre João”.

O primeiro passo para evitar falar sobre as outras pessoas é observar a própria tendência à fofoca, para depois controlá-la. Quando falamos de alguém, e principalmente quando falamos mal de alguém, criamos uma aura de negatividade e geramos uma energia que pode contaminar todo o ambiente. É só observar como você se sente quando está falando de alguém. É como se tivesse perdendo tempo e energia. Isto sem contar que quando se fala mal de uma pessoa é possível que se sinta culpado ao encontrá-la.

Krishnamurti em seu livro Aos pés do Mestre nos instrui: “Deves resguardar-te, também, de alguns pequenos desejos que são comuns na vida diária. Nunca deixes brilhar ou parecer inteligente; não tenhas desejo de falar. É bom falar pouco; melhor ainda é nada dizer, a menos que tenha plena certeza de que o que desejas dizer é verdadeiro, amável e útil. Antes de falar, pensa cuidadosamente se o que vais dizer tem essas três qualidades; se assim não for, não o digas. Muitas das conversações ordinárias são desnecessárias e insensatas; quando descem à maledicência tornam-se perversas. Assim, acostuma-te antes a ouvir do que a falar; não dês opiniões a menos que te sejam diretamente solicitadas. Um enunciado das qualificações é assim dado: saber, ousar, querer e calar, e a última das quatro é a mais difícil de todas.”

Um dos fenômenos sociais mais populares há séculos, a fofoca já interferiu nos rumos da história.


Escultura retratando duas senhoras fofocando na parte velha da cidade de Sindelfingen, na Alemanha. Historicamente, a fofoca está ligada à imagem das mulheres e das pequenas cidades, como é o caso de Sindelfingen.






O controle das palavras

Segundo Sally, devemos considerar que um dos maiores frutos da nossa prática é permanecer em silêncio. Mira Alfassa, A Mãe (1878 – 1973) nos ensina: “A menos que você seja responsável por certas pessoas, seja como guardião, instrutor ou chefe de serviço, você não tem nada a ver com o que elas fazem ou não fazem, e é preciso abster-se de falar deles, de dar sua opinião sobre eles e sobre o que fazem, ou mesmo de repetir o que os outros podem pensar e dizer deles.”
E ela vai ainda mais longe quando diz: “em todos os casos, e de uma maneira geral, quanto menos se fala dos outros, mesmo se for para elogiá-los, melhor. Se já é tão difícil saber exatamente o que acontece em si mesmo, como saber, então, com certeza, o que acontece nos outros? Abstenha-se, portanto, totalmente de pronunciar sobre uma pessoa um desses julgamentos definitivos que só podem ser uma tolice, se não uma maldade. Por isso, aconselho todos a ficarem em paz e a absterem-se de todo julgamento. Isso é o mais seguro.”

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

A Nota Chave – O Som e o Universo da Consciência-Energia

Artigo escrito por Gabriela M Borges para o Jornal do Yoga da Casa de Yoga Shanti Om, Outubro de 2006.

A razão pela qual o som é tão fundamental na história da criação em tantas culturas pode ser mais bem entendida na tradição védica, no qual o fenômeno do som está no centro da prática espiritual diária. De acordo com os Vedas, o som é a origem de toda a vida, ele está no centro de todos os atos da criação.

Os rishis (antigos sábios), que se dedicaram à meditação e à contemplação do Eterno, discerniram que o Universo é um oceano de vibrações. Todo Universo está fundamentado na vibração, que, segundo a sua ordem de freqüência – quantidade de vibrações por segundo – se apresenta como escuridão, luz, cor, som e forma. Mesmo as freqüências que são inaudíveis para nossos ouvidos, nos afetam de alguma forma. E é por esta razão possível produzir todo tipo de mudanças na materia e na consciência por intermédio do som. Todo esforço do yogi emprega-se para ‘despertar’ essa consciência primordial e redescobrir a plenitude que precedeu à linguagem e a consciência de tempo.
Os cientistas descobriram que aquilo que parecia aos sentidos um Universo tangível era, em sua maior parte, espaço vazio. Os antigos sábios foram ainda mais longe e descobriram que os elementos intangíveis do Universo, como pensamentos e emoções, também têm sua base material. Mas a matéria mais sutil, através do qual operam estes elementos, também é, no fundo, apenas um conjunto de vibrações e um arranjo de diferentes tipos de energia. Isto inclui nossos pensamentos. O que temos que compreender e manter em mente é que vibração, forma e consciência estão intimamente relacionadas umas com as outras de todos os modos.

A isto há de se somar que existe uma vibração que está na base da forma, e é necessária para a manifestação da consciência. Essa vibração é o próprio Om. Os sábios dizem que este som é a fonte de todas as manifestações. E quem conhecer o segredo deste som conhecerá os mistérios de todo o Universo.

A visão védica do Universo como um enorme campo vibratório chamou a atenção dos cientistas. Uma das descobertas mais importantes relacionadas a esta concepção dos rishis surgiu da observação de um fenômeno natural chamado entrainment, ou ressonância. Este fenômeno faz com que as vibrações rítmicas de um objeto afetem um segundo objeto com uma freqüência vibratória semelhante, de forma que o segundo objeto começa a vibrar com o primeiro. Isto só vem a confirmar a verdade védica de que podemos sintonizar os nossos ritmos com os da natureza, do Universo, com o som primordial, ou com a Consciência Única. O som e suas diversas manifestações pode nos ajudar a ir além de nossa percepção errônea de que a realidade é fragmentada e restaurar nosso sentido de unidade com o Universo.

Acessando o poder do som, a pessoa evoca o enorme poder que reside dentro dela, fortalecendo a respiração, energizando a mente e imunizando o corpo, equilibrando e estimulando o prana. É dito que, quando estamos doentes, caímos em um estado de desarmonia com o cosmos. Ao praticarmos a sadhana do som, da música e da voz obtemos acesso às vibrações do Universo – vibrações que podem curar nossos espíritos, mentes e corposMas é só observando o silêncio que compreenderemos a essência do som. Entrar em contato com o espaço vibratório dos sons é por em evidência os silêncios que os criam, que nos cercam. Portanto, quem quiser vivenciar o som, antes disso terá de passar pela experiência do silêncio.

A nossa cultura dá ênfase demasiada à visão. A profunda modificação da nossa consciência será alcançada quando aprendermos a usar inteiramente o nosso sentido de audição, assim como temos usado nossos olhos e nosso sentido de visão há séculos.

Nossos “ouvidos” precisam ultrapassar suas fronteiras, pois, também a “música” de que estamos tratando é transcendental.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

No meio de um povo geralmente corrupto a liberdade não pode durar muito.
(Edmund Burke)

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

TORTA DE BANANA TUDO DE OM

Esta torta é uma das minhas receitas preferidas. É bem simples e bem rápida de fazer e todo mundo a-d-o-r-a!

Ingredientes:
5 xícaras de trigo integral fino
1 ½ xícara de açúcar mascavo
1 xícara de óleo (eu costumo usar óleo de girassol ou de milho)
Mais ou menos 15 bananas nanicas bem maduras cortadas em fatias (quanto mais maduras, mais gostosa fica)
Canela

Modo de fazer
Fazer uma farofa com o trigo, o açúcar, óleo e a canela. Misturar tudo muito bem de forma que a massa dê consistência. Untar uma fôrma e colocar a metade da farofa no fundo da fôrma, pressionar com as mãos. Colocar uma porção de banana em camadas sobre a farofa e adicionar canela. Colocar a outra parte da farofa por cima da banana (reservar um pouquinho da farofa para o final ) e finalmente a última camada de banana com canela. Por cima, colocar o restinho da farofa com mais canela. Assar por 35 a 40 minutos.

p.s. na receita original está: 5 xícaras de farinha de trigo integral fina, mas eu coloco só 4 e coloco 1 xícara de aveia média. E também coloco uma pitada de cravo em pó.
Gosto de servir com chá de capim-limão ou hortelã.

(Receita do livro: Vegetarianismo - Sustentando a vida, de Maria Laura Packer)

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

FREE YOURSELF


Be Free

Free Mind

Free Spirit

Free Soul

Free Heart

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

QUASE...

De vez em quando eu preciso ler este texto para me lembrar de não viver no quase...
"Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez é a desilusão de um quase. É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi.
Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou. Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono.
Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cor, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz. A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai. Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza.
O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si. Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer. Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo.
De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar.
Desconfie do destino e acredite em você.Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre
esteja vivo, quem quase vive já morreu."
(Veríssimo)

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

A Titica

Imagem: Gisele Borges, Sangue/MA
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"Do estrume do galinheiro nasce a minhoca que cura a sede do tomate. Os passarinhos agradecem. Em contrapartida os miolos da galinha são cortados com uma navalha e jogados às trevas."
Campanha em prol do vegetarianismo, por Gisele Borges