segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
FIB X PIB
LONDRES – Sentindo-se bem? Frustrado? Fantástico? O governo britânico realmente quer saber. Autoridades britânicas disseram na 2a feira que começarão a medir a felicidade nacional além de avaliar mais informações tradicionais como níveis de renda e o medo de crime violento.
O novo plano está alinhado com a proposta de campanha do Primeiro Ministro David Cameron, que prometeu, durante a eleição geral no início deste ano, medir os níveis subjetivos de bem-estar enquanto o governo estiver colhendo dados sobre os seus cidadãos.
Planos detalhados ainda não foram divulgados, mas se espera que novas perguntas sejam formuladas pela responsável pela estatística nacional Jil Matheson no final deste mês, para que sejam incluídas num levantamento a ser feito durante a próxima primavera. Ela disse na 2a feira que essa mudança de política é bem-vinda.
“Existe um crescente reconhecimento internacional de que para se medir o bem-estar e o progresso há a necessidade de se desenvolver uma visão mais compreensiva, em vez de ficar se concentrando somente no Produto Interno Bruto” disse ela.
A decisão de se olhar para além de simples medidas monetárias é parte de um movimento da “ciência da felicidade”, que se enraizou em diversos outros países, incluindo França e Canadá, na medida em que autoridades e acadêmicos estudam o fracasso da elevação dos padrões de vida nas recentes décadas quanto a gerar uma elevação similar no contentamento pessoal.
O presidente da França Nicolas Sarkozy chegou a uma conclusão semelhante, há dois anos atrás, quando pediu que dois economistas ganhadores de prêmios Nobel elaborassem meios para medir fatores de qualidade de vida, além dos meros fatores econômicos, quando a França estivesse estudando suas opções de políticas públicas.
O Canadá também desenvolveu um índice nacional de bem-estar, um conceito que teve como pioneiro um reinado no Himalaia, o Butão.
O levantamento faz aos cidadãos canadenses perguntas subjetivas tais como “O quanto você desfruta da sua vida”? e “Você se sente confortável com o seu nível atual de dívidas”?
Mas além disso o levantamento também pergunta sobre os valores mais fundamentais, padrões de vida e identificação com minorias ou outros grupos étnicos. Provavelmente o levantamento britânico deverá utilizar uma abordagem similar.
Richard Layard, um professor emérito da Escola de Economia de Londres, que tem contribuído para os estudos governamentais britânicos no tocante a qual seria a melhor maneira e se medir a felicidade, elogia essa tendência.
“Eu acho que é maravilhoso”, disse ele. “É algo que eu e outros temos advogado por algum tempo. Baseia-se na idéia de que a menos que você meça as coisas certas, você não fará as coisas certas”. Ele também disse que o foco dos atuais levantamentos governamentais apenas noavanço econômico levaram as pessoas a ficarem obcecadas com as suas rendas em detrimento de outros fatores que podem levar a vidas felizes e produtivas.
Os dados no Reino Unido, EUA e outros países mostram que os níveis de felicidade têm permanecido mais ou menos estáticos mesmo quando a renda disponível e a
segurança econômica aumentaram substancialmente em termos reais durante a grande expansão do pós guerra nas economias ocidentais.
Esse fenômeno, freqüentemente chamado de “Paradoxo de Easterlin”, em homenagem ao economista americano Richard Easterlin, é citado no relatório para o mês de setembro do Escritório Britânico para Estatística Nacional, declarando que “os níveis de satisfação com a vida e felicidade na Inglaterra não têm subido desde os anos 1950, a despeito do crescimento econômico sem precedentes”.
Isso sugere que mais do que uma expansão econômica, tradicionalmente medida por
níveis de renda e produções internas brutas, seja necessária para que as pessoas sintam contentamento em suas vidas.
O professor da Universidade de Londres Richard Schoch, autor do livro The Secrets of
Happiness(“Os Segredos da Felicidade” numa tradução livre) disse que o governo britânico se entrosa bem com o slogan “Grande Sociedade” utilizado pelo Primeiro Ministro Cameron.
“Isso se encaixa perfeitamente com a agenda da Grande Sociedade porque a maioria das organizações cívicas foca em temas ligados à qualidade de vida” disse ele. “Esse levantamento então se torna a ferramenta para coletar dados relevantes para as iniciativas da Grande Sociedade”, disse ele.
(Por GREGORY KATZ, da Associated Press/ Instituto Visão Futuro)
FIB - FELICIDADE INTERNA BRUTA
Felicidade Interna Bruta (FIB) ou Gross National Happiness (GNH) é um conceito de desenvolvimento social criado em contrapartida ao Produto Interno Bruto (PIB). Segundo ela, refletir a respeito das fontes da nossa verdadeira felicidade pode ser um dos mais poderosos antídotos para a nossa atual angústia.
FIB é baseado na premissa de que o objetivo principal de uma sociedade não deveria ser somente o crescimento econômico, mas a integração do desenvolvimento material com o psicológico, o cultural e o espiritual - sempre em harmonia com a Terra.
As nove dimensões do FIB são: bem-estar psicológico, saúde, uso equilibrado do tempo, vitalidade comunitária, educação, cultura, resiliência ecológica, governança e padrão de vida.
Acho que é com este tipo de consciência e atitude que iremos nos tornar todos países de primeiro mundo, superdesenvolvidos e ecologicamente corretos!
Sem esquecer de que o FIB serve (ou deveria servir) para todos os seres sencientes!
Para saber mais acesse:
http://www.visaofuturo.org.br
http://www.felicidadeinternabruta.org.br/
sábado, 29 de janeiro de 2011
XINGU VIVO PARA SEMPRE
Apoie os direitos indígenas e o livre curso dos rios. Assine uma petição para acabar com a mostruosa barragem de Belo Monte na Amazônia! http://tinyurl.com/
Clique aqui para acessar o site:
Salve o Rio Xingu
Índios Kayapó no Encontro
domingo, 23 de janeiro de 2011
Ser eu mesma
sábado, 22 de janeiro de 2011
FREEDOM
sábado, 15 de janeiro de 2011
eu MAIOR
A liberdade é precisamente a pessoa tomar consciência, e ser capaz de ser o autor da sua própria existência. (Entrevista Roberto Crema)
Eu seria livre se pudesse escolher o que quero desejar. Enquanto buscar a satisfação de meus desejos, sou escravo. (Entrevista R. Lindemann)
Estou aprendendo no sorriso e na dor. Estou buscando uma verdade que me liberte. (Entrevista Professor Hermógenes)
O que vai diferenciar uma pessoa de estar feliz ou não é se ela está livre para se permitir vivenciar a felicidade. (Entrevista Kaká Werá)
O problema é o não reconhecimento, com clareza, desse ser livre de limitação que já sou. (Glória Arieira)
A meta de todas as pessoas é a mesma: libertação da sensação de limitação. (Entrevista Glória Arieira)
Eu Maior é um documentário sobre auto-conhecimento e busca da felicidade.
Ainda em produção, os produtores do documentário Eu Maior entrevistam expoentes brasileiros entre líderes espirituais, intelectuais, esportistas e artistas.
Para saber mais sobre o projeto, assistir ao trailer, ver as entrevistas, conhecer os futuros entrevistados e realizadores acesse:
http://eumaiorofilme.blogspot.com
www.eumaior.com.br
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
Plenitude: Estado de Liberdade Completa
"A liberdade não é o fim do caminho. É o começo. Não há lugar algum para ir. A liberdade é a primeira e a última coisa no caminho".
Segundo Chopra, a doutrina de Krishnamurti, da primeira e da última liberdade, "foi seu modo de dizer que a plenitude - estado de liberdade completa - não tem a ver com a escolha disso ou daquilo. Não tem a ver com ser bom em vez de mau, ser puro em vez de impuro. A plenitude não tem divisões. Ela é tudo. Dessa forma, tem de ser o começo e o fim ao mesmo tempo".
O nosso trabalho está em justamente transformar essa perspectiva em uma forma prática de vida. Eis o desafio: temos de experimentar o que a plenitude realmente é.
E o autor continua: "Ser pleno é estar inteiramente curado. E se isto é verdade, então, independente do quanto você viva bem, não estará inteiramente curado até que seu self dividido seja transformado.
(...) É crucial saber que você não vai deixar de ser você mesmo se buscar a transformação".
"Quanto mais forte a luz, maior a sombra".
sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
RESISTÊNCIA X OBEDIÊNCIA
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
CONEXÕES - O INCONSCIENTE COLETIVO
"A noção de um inconsciente coletivo foi apresentada há quase um século por Jung. Será que Jung deparou com conexões invisíveis antes que os dados surgissem para respaldá-las?
Ou: Que tipo de ligações pode existir de forma invisível, sem que as pessoas se falem, observem o comportamente uma da outra ou mesmo saibam da existência do outro?"
"Por um longo tempo, o conceito de inconsciente coletivo permaneceu como uma teoria intrigante sem muita prova. (...) Será que a explicação de Jung foi realmente útil ou apenas uma brilhante invenção intelectual?"
Onde está a prova?
"Só recentemente os fragmentos da prova foram reunidos e acabaram aprofundando o mistério.
(...) O trabalho mais avançado neste campo veio de dois pesquisadores de Harvard, Nicholas Christakis e James Fowler, cujo livro, Connected [O Poder das Conexões] foi comentado em um recente artigo da revista de domingo do New York Times. Christakis e Fowler observaram o comportamento de mais de cinco mil pessoas, que foram mapeadas segundo 51 ligações sociais com familiares, amigos e colegas de trabalho.
A primeira descoberta foi que, quando uma pessoa ganha peso, começa a fumar ou adoece, os familiares mais próximos têm 50% de chance de se comportarem da mesma maneira. Isto reforça o princípio social científico de décadas: o comportamento se dá em grupo.
A segunda descoberta de Christakis e Fowler foi muito mais misteriosa. Eles descobriram que as ligações sociais podem pular um elo.
As descobertas dos dois sugerem ligações invisíveis que percorrem toda a sociedade..."
Tirei trechos do livro "O Efeito Sombra". Muito interessante, empolgante e de extrema importância para o nosso entendimento, nossa evolução como pessoa e também a evolução do planeta.
Quem quiser entender melhor sobre a pesquisa de Christakis e Fowler, segue abaixo uma palestra com o próprio Dr Nicholas:
(Se você quiser assistir com legenda, é só clicar em >View Subtitles> Portuguese (Brazil))
domingo, 2 de janeiro de 2011
Restaurante de alimentação viva em NY
O perfeccionismo castra a nossa liberdade?
Foto por Gisele M Borges, Ilha do Cardoso/SP
Acredito que um dos caminhos para atingir a liberdade plena é refletir sobre o PERFECCIONISMO.
Queremos ser perfeitos. Tentamos ser o que não somos, colocamos um padrão lá nas alturas e suamos para conseguir escalar uma montanha que não tem fim. Buda diz que seja o que for esperarmos, será diferente. A nossa lista de exigências é tão grande que gera uma imensa ansiedade. Diz Regina Favre: “Para nos aproximarmos do que é oferecido pela mídia, iremos comprar tudo ou fazer de tudo que nos dê a impressão de sermos tão perfeitos quanto o que vemos numa televisão ou numa revista. Sem parar para pensar no que estamos realmente fazendo conosco.”
Liane Alves, em seu artigo sobre o perfeccionismo fala que somos todos perfeccionistas, que tateamos por uma vida mais simples e natural mas que ainda vivemos sob a influência da publicidade, da mídia e de muitos dos padrões vigentes.
Não que o desejo de perfeição seja ruim, porém, quando alimentada por motivos superficiais, para atender nossas necessidades de consumo não agrega, não nos faz evoluir e muito menos sermos seres mais livres. Mas quando este desejo faz com que estejamos continuamente nos aperfeiçoando, tentando ser uma pessoa melhor, todos ganham com isto. Pense só nos grandes gênios, cientistas, artistas, músicos. Eles sim colocaram todo o seu desejo de perfeição a serviço da humanidade, da ciência, da arte.
Eugênio Mussak, em seu artigo "A busca da perfeição", diz: "Precisamos lembrar que uma coisa é buscar a perfeição, a outra é tornar-se escravo dos estereótipos da perfeição". Segundo ele, Aristóteles abordou, pela primeira vez, um tema correlato com a idéia da perfeição: a excelência. "A diferença entre perfeição e excelência é que a perfeição é uma impossibilidade, algo que jamais será atingido; já a excelência é factível, pois significa o melhor possível, algo possível ao ser humano", diz.
"Eu sei que não vou atingir a perfeição, mas posso ter compromisso com a excelência, e colocar o meu melhor em tudo o que eu faço. Esta é uma ótima idéia, que depende apenas de uma decisão pessoal." (Eugênio Mussak)
Teoricamente esta idéia parece perfeita, o problema é a expectativa que colocamos nas coisas, que quase sempre é motivo de frustação.
Porém, ele nos oferece a lição de que "quando fazemos algo com amor atingimos a perfeição, talvez porque o amor seja a única manifestação real da perfeição".
“Em vez de procurar o desejo de perfeição, seja simples em todas as circunstâncias.”(Walter Kleinert)
Acho que todos os grandes seres fizeram isto. Ser simples é difícil, porque custa tudo que temos. É preciso perder tudo para ser simples: nossas máscaras, nossos preconceitos, julgamentos, ilusões; e ouvir o nosso coração e agir de acordo com ele, qualquer que seja o risco. Por isto é que geralmente optamos por sermos complicados... Pelo medo. De não saber mais quem somos, pois estamos tão identificados com a imagem que fazemos de nós mesmos, ou quem gostaríamos que fôssemos, que ficamos com medo de perder a nossa identidade. Ser simples custa nada menos do que tudo.
E esta simplicidade não tem nada a ver com dinheiro ou bens materiais. A perfeição está justamente na verdadeira simplicidade, e a verdadeira simplicidade está na mente. A mente elevada que segue os impulsos do coração; e apenas um coração simples pode ser livre.
Leia: “Perfeccionismo” e "A busca da perfeição", Revista Vida Simples, Edições 95 e 101.