(Mulher em frente ao espelho , Pablo Picasso,
1932, óleo sobre tela, The Museum of
Modern Art, NY, EUA).
Alguém já escutou que "quando Pedro fala de João, sabemos muito mais sobre Pedro do que sobre o João"? Pois é, este é o fenômeno da projeção, muito importante para o nosso autoconhecimento, diga-se de passagem.
Debbie Ford, co-autora do livro "O Efeito Sombra", diz que podemos sim nos ver, e em cores, ao prestar atenção no que observamos nas outras pessoas. Somos programados para projetar em outras pessoas as características que não conseguimos ver em nós.
Tem um ditado antigo que diz: "Se você viu é porque também tem".
Alguns trechos da segunda parte do livro "O efeito sombra", de Debbie Ford:
"Quando nos vemos obcecados pelos aspectos das sombras de outras pessoas, é porque elas também tocam as nossas. Neste mundo holográfico, tudo é um espelho, e você está sempre se vendo e falando consigo mesmo. Se você escolher, pode olhar agora para o que o afeta emocionalmente como um alarme, uma pista para desvendar sua sombra, um catalisador para o crescimento que lhe dá a oportunidade de recuperar um aspecto oculto de si mesmo."
"Assumir as próprias projeções é uma experiência corajosa que o torna humilde, e pela qual todos temos que passar para encontrar a paz. Ela nos força a reconhecer que somos capazes de fazer coisas que frequentemente desgostamos nos outros."
"Não precisamos procurar muito para descobrir que, em geral, estamos fazendo exatamente o que criticamos nos outros. A aparência pode ser completamente diferente; no entanto, a força propulsora por trás de nosso comportamento é, de fato, a mesma. Às vezes, pode ser desafiador identificar esta força dentro de nós, porque talvez não estejamos demonstrando exatamente o mesmo comportamento que a pessoa em que estamos projetando está, mas o comportamento está ali, dentro de nós."
O mais interessante é que a própria vida se encarrega de nos dar uma ajudinha para evoluirmos: a autora fala que "quando temos uma característica sem que haja vedação para ocultá-la, atraímos pessoas e incidentes a nossa vida, para nos ajudar a curar e integrar os aspectos negados.
Porém se abraçarmos as características que nos perturbam nos outros, já não nos incomodaremos com ela. Talvez as notemos, mas elas já não nos afetarão.
Quando li este livro, foi uma verdadeira revolução na forma como eu percebia as pessoas, e em como aquilo tinha a ver comigo mesma.
Em uma aula de História da Arte, estávamos estudando o quadro de Renoir abaixo:
Uma das análises era a descrição da interpretação pessoal da obra. Uma pessoa da turma disse que para ela o quadro descrevia uma menina, que estava entediada e angustiada de estar ali parada fazendo a foto do quadro enquanto poderia estar brincando no campo.
A minha percepção do quadro era totalmente diferente da percepção descrita por ela, mesmo o quadro sendo exatamente o mesmo. Para mim a menina estava muito feliz colhendo flores naquela tarde alegre e neste mesmo estado de espírito, ela parou para o retratista pintar a sua imagem.
Aquilo me marcou porque lembro que na época eu estava lendo justamente a parte do livro que fala das projeções, e em como o que vemos nas pessoas é muito mais o que vemos dentro de nós através da outra pessoa.
Com esta consciência da nossa projeção, podemos dar um salto quântico na nossa evolução e crescimento pessoal! Pensaremos duas vezes antes de falar dos outros, pois talvez aquilo que iremos falar não seja exatamente o que queremos saber sobre nós mesmos.
sábado, 20 de agosto de 2011
quarta-feira, 17 de agosto de 2011
" Toda ovelha procura um lobo."
(Ricardo Lindemann, amigo, astrólogo, filósofo, engenheiro civil, astrônomo, membro do conselho geral da Sociedade Teosófica Internacional, ex-presidente da Sociedade Teosófica no Brasil, diretor cultural e de estudos da STB e uma das pessoas mais inteligentes e engraçadas que eu já conheci)
(Ricardo Lindemann, amigo, astrólogo, filósofo, engenheiro civil, astrônomo, membro do conselho geral da Sociedade Teosófica Internacional, ex-presidente da Sociedade Teosófica no Brasil, diretor cultural e de estudos da STB e uma das pessoas mais inteligentes e engraçadas que eu já conheci)
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